Orgulhosamente a caminho, mais uma produção literária com a marca do PANORAMA, desta vez num trio formado pelos escritores Mauro Jácome, Eric Costa e Paulo-Roberto Andel, com material 100% inédito
Mas Mariano tinha os seus desejos, não vão pensar que era um autômato. Gostava sinceramente de futebol. Torcia pelo Fluminense. Talvez não fosse um cinéfilo, mas gostava de ir ao cinema após o expediente
Zanzibar se amargurava com a falta da Pantera, com as pressões para provar sua masculinidade ao seu sogro, e dar uma ocupação da boa família branca de bem à Esmeralda. Vivia uma fase assombrada, desde que largou seu emprego de assessor do Mobral, trabalhando diretamente com o Coronel Passarinho, e as noites na Alaska
Isso é coisa da gente nobre. Nas festas e nos jantares em Brasília, na Suíça, em Manhattan é que Zanzibar resolvia algumas coisas. Mas era sempre um capacho dos grandões
Escrevia para os blogueiros vermelhos, essa raça que deveria morrer pelas mãos dos amigos do seu afável tio, em letras garrafais, os xingando de todos os tipos de nomes sujos que só havia escutado da boca de pessoas de cor, desqualificadas, dessas que tinha orgulho de não serem vistas com frequência em seu dileto clube
Agora mesmo, em pleno sol do meio-dia, uma lebre, mais delicada que a pluma, veio em sua direção. É difícil acreditar que não tenha sido a Mulher-Gorila que tivesse ido a seu encalço. Seus movimentos eram leves e harmoniosos. A pele, sob a luz do sol, emitia uma luz dourada, entre o ouro e o âmbar
Ela então respondeu após meditar alguns instantes: “Sabe, pai, quando eu te perguntei o que era corrupção e você tentou me explicar, mas eu não consegui entender? Esquece. Eu já descobri o que é; o moço ali me explicou tudinho.”