E o Fluminense estava jogando sem uma ínfima gota de sorte. O time já entrava em campo coberto de azar. Sim, amigos: — o time pisava o gramado certo de que estava marcado, inexoravelmente, pela derrota. Faltava-nos um pouco, um tostão, um vintém de sorte
Na esteira do pioneirismo recorrente na história tricolor, protagonizou um feito que dificilmente se repetirá. Pela primeira e única vez na história, um clube cedeu seus goleiros titular e reserva para servir a seleção brasileira numa Copa do Mundo
A riqueza de nossa história é o que explica nosso poliamor. Como colocar num segundo patamar a linda história de Castilho, que literalmente cedeu ao clube um de seus dedos, ou de Preguinho, cuja dedicação tornou o Fluminense campeão em vários esportes?
Há exatos 60 anos, em 08 de junho de 1956, depois de uma boa temporada no Rio Grande do Sul – duas vitórias e um empate, o Fluminense iniciava uma preparação para jogar várias partidas no interior de Minas Gerais
Em 88 minutos, o filme mistura depoimentos de celebridades, anônimos e imagens espetaculares do Maracanã em êxtase, mesmo em partidas onde nada estava sendo propriamente decidido
Antes de nos despedirmos, cantou “Bridge over troubled water”, o hino de Simon & Garfunkel. Uma canção que fala de uma amizade indestrutível, de fraternidade, de fidalguia. Nada pode ser mais Fluminense do que isso
“É porque ali não é simplesmente onde todos e jogam: é onde, de todo o campo, a grama é regada com mais suor e com mais suor salgado. Um suor paciente e disciplinado. O lugar onde pisam os gigantes”
Se há pouco tempo estávamos reclamando que os jogadores talvez tenham entregado alguns jogos – segundo muitos, porque não estavam recebendo o salário em dia -, como agora pedimos para que os mesmos jogadores entreguem um jogo para prejudicar um clube adversário? Com que moral cobrariamos empenho em conseguir futuras vitórias destes jogadores?
Chama-se Epaminondas Ferreira da Silva. Mora no bairro do Engenho de Dentro, subúrbio do Rio de Janeiro. A cabeça é quase branca. As rugas tomam-lhe a face. Tem mais de duzentas canções acumuladas pelo decorrer dos anos
A palmada é um eufemismo moderno, um gesto vazio, uma mímica patética. Foi no que nos transformamos. A mão de quem bate é vergonhosamente poupada. E a criança fala pra si mesma, cheia de melancolia: um tapinha não dói