Que esta temporada seja definitivamente um ano de reconstrução para o Fluminense no futebol. Há muito a ser feito e muita gente boa querendo ajudar ou já ajudando
Se o Fluminense der o sangue dentro de campo todo esse realismo se converterá em esperança e a esperança, quem sabe, numa vaga para a Libertadores ou num título
O Flu tem um time modesto, que precisará de reforços, principalmente quando o Brasileiro chegar. Mas a hora é de torcer. Crítica ou entusiasticamente, torcer pelo Fluminense é o mínimo que se espera de um tricolor
Por causa disso tudo, espero ansiosamente para a bola rolar logo. Tenho a impressão que esse time que todos estão sacaneando e em quem ninguém acredita nos surpreenderá positivamente
Estamos em 2017. É tudo muito diferente de 1983, mas não custa lembrar de que, em futebol, os donos das certezas intocáveis muitas vezes dão com os burros n’água, para não dizer com a cara no muro
É jogar com a base e acrescentar um ou dois nomes de destaque para dar couro ao time. Esperar que Abel faça um trabalho que resgate o compromisso com o escudo e que consiga tirar leite de pedra
Tirar as ideias do papel, acompanhar, cobrar, mas principalmente respeitar. Com isso é certeza que o caminho das pedras preciosas voltará a ser trilhado
A torcida do Fluminense e seus sócios precisam ser este fator de fidalguia que reumanizará nossas cores e dará uma contribuição expressiva para a sociedade. Precisamos voltar nossos olhos ao passado e readquirir nossa identidade que foi construída pelo brilho da Taça Olímpica
Mais que repensar, é preciso agir. Gostei da contratação do Abel, o considero o cara ideal para lembrar aos jogadores a grandiosidade da instituição que representam. Ele precisa, porém, de material humano para poder realizar o seu trabalho com eficiência
Torcemos e torceremos ardorosamente pelo nosso time em campo, com todo o amor. Mas isso jamais estará atrelado a casuísmos políticos. Nem o proselitismo da chapa branca, nem a verborragia oca da oposição por contrariedades pessoais
Abel Braga não é um Cuca ou um Tite. Longe disso. Mas tem algo que ambos não têm: alma tricolor. E precisamos de alma, como ele bem disse, precisamos ressuscitar moribundos