Tá puxado, digo, pichado (por Rods)

Dizer o quê?
Dizer o quê?

A situação não está nada tranquila para o lado das Laranjeiras. A cada rodada, as bases tricolores tremem mais que o famoso prédio “balança, mas não cai”. E aí a tendência é a emoção superar a razão: mais uma vez os muros nas Laranjeiras amanheceram pichados. De tropeço em tropeço a torcida dos insatisfeitos cresce e, como comentei semana passada, surgem novos “Cains” querendo matar Abel. Mudanças são exigidas e, está difícil de não concordar, não são mudanças ruins.

Gostaria de comentar com vocês as pichações que ontem (terça-feira) estavam (e ainda estão um pouco) visíveis quem se aproximava da sede do Fluminense.

“Fora Abel!”

Bem, não tem como negar que essa já virou um clássico. Nosso técnico está sem saída. Ou ele abre mão de sua teimosia ou o Fluminense terá que abrir mão dele. Mesmo eu, que sou defensor do Abelão, já me cansei de suas “abelices”. Ou dá ou desce. Flu está jogando mal? Até que não. Mas não dá pra seguir deixando os mesmos jogadores repetirem os mesmos erros partida após partida. Não dá pra jogar sem armador. Além disso, o futebol deve ser maleável. Não dá pra ficar insistindo em um esquema que não pode ser quebrado, sendo que ele não tá dando certo.

“Zaga para seis anos?”

Leandro Euzébio e Gum são bicampeões brasileiros, foram heróis em vários jogos, mas o ciclo deles no Fluminense acabou. Anderson nunca deveria ter vindo. Digão teve um ponto fora da curva nos jogos anteriores, mas contra o Internacional voltou a nos brindar com suas pixotadas. Elivélton “Gilmar Fubá style”, até que prove o contrário, é uma promessa que não deu certo. Wellington Carvalho não tem como saber se está bem ou mal. São esses nossos zagueiros. Não há esperança de melhora sem uma boa contratação. Mas sem dinheiro e sem vontade da Unimed em investir na posição, talvez a solução seja construir um muro na entrada da área.

“0x0 melhor do que 2×1?”

Parece que os técnicos do Fluminense gostam de morrer pela boca. Lembram-se do Renato em 2008? Pois é, Abel quis distribuir sabedoria futebolística e foi traído pelo resultado exato que desdenhou antes do primeiro jogo contra o Olímpia. Era impossível ser pior e sua frase provavelmente vá persegui-lo durante muito mais tempo que ele gostaria. Se é mesmo o que ele acreditava, deveria guardar para si e não jogar para a imprensa, dando terreno para tamanha armadilha. Agora aguenta.

“E o planejamento 2013, cadê?”

É… mais um ponto complicado para comissão técnica, Rodrigo Caetano e Sandrão responderem. Lá em janeiro muito se falou do planejamento especialmente moldado para vencermos a Libertadores e brigarmos por todos os títulos. Bem, atualmente nossa luta é para tentar ficar em pé. Até a excursão para os EUA não aparenta ter surtido o efeito imaginado. Derrotas, vitórias insuficientes, jogadores abaixo do rendimento, jogadores sem mesmo jogar, seguidas contusões, vendas, vendas, vendas e ainda assim falta de dinheiro. Talvez fosse melhor não ter planejado tanto…

“Time sem sangue”

Essa acusação é grave, porém verdadeira. De guerreiro, hoje, o Flu só tem o apelido. Lembro-me de ter comentado, após a derrota para o Botafogo na Taça Rio, que eu não conseguia chegar a uma conclusão sobre o preparo físico tricolor, pois o time não se empenhou em momento algum. Noventa minutos de meia-bomba. É como “trotar” nos cem metros rasos, não tem como se cansar. Talvez as grandes exceções sejam Rafael Sóbis e Rhayner. Mas o primeiro corre o risco de perder seu melhor momento no Flu por causa do péssimo rendimento do time e o segundo não consegue ser mais que esforçado.

Lembro-me de quando quebraram os lindos vitrais das Laranjeiras e espero que o vandalismo deixe de ser a resposta para alguns. Porém é impossível negar a verdade do spray no muro.

ST!

Nos acréscimos:

– A melhor definição sobre a atuação da FERJ e seu presidente Rubinho perante o Fluminense: nojo.

Rodrigo César, o Rods

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @Rods_C

Foto: www.foxsports.com.br

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4 Comments

  1. Na minha humilde opinião o Elivelton,é disparado,nosso melhor zagueiro(tá ok,os parâmetros são bem baixos,reconheço),ele não jogar nunca com os zagueiros que temos é inadimissível.

    1. Rods comenta:

      Antônio,

      quem me acompanha sabe que eu era muito fã do Elivélton. Tinha até esperança de vê-lo jogar mais que o Thiago Silva. Mas desde que entrou nos profissionais, o futebol dele só piora. Depois que ficou bombado (por isso falei “Gilmar Fubá style”) então, perdeu suas melhores características, a impulsão e antecipação.

      Gostaria muito de vê-lo reverter o quadro, porém não tenho muita esperança.

      ST!

  2. Rods comenta:

    Jorge, terei que me preparar para as pedradas que virão agora, mas confesso que eu gostaria de ver o que esse time faria sob o comando do Renato Gaúcho.

  3. Não há desculpas fora do campo de jogo. A verdade é que o Flu está mal posicionado em campo, não tem jogadas ensaiadas e está sem vontade de vencer. Salários atrasados? Pode ser, mas a falta de criatividade, que deve ser fruto de treinamentos equivocados e de fatab de talentos, é a principal causa.

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