“Alvo de reclamações de jogadores e da imprensa, o árbitro chileno Júlio Bascuñan foi insultado ao deixar o estádio e precisou de proteção policial no hotel no dia seguinte ao jogo. As críticas a Bascuñan são direcionadas principalmente ao pênalti marcado sobre Neymar, quando o jogo estava sendo vencido por um a zero pela Seleção do Peru.
Opa, espera aí: o que isso tem a ver com o Fluminense e a Libertadores? Tudo.
No dia 13 de outubro de 2020, este mesmo árbitro de quinta-feira apitou a partida entre Brasil e Peru pelas eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo do Qatar. E além de marcar dois pênaltis para o Brasil cometidos no atacante Neymar, ainda expulsou um jogador peruano após cotovelada em Richarlison (ex-Fluminense).
Na partida entre Fluminense e Junior (não o Lins aqui da casa) Barranquilla, tão logo ouvi o narrador da TV comentar que o árbitro era o mesmo do jogo da Seleção, fiquei de orelha em pé. Em menos de cinco minutos de partida me veio o pensamento de que o árbitro poderia prejudicar o Fluminense para tentar compensar um suposto favorecimento ao Brasil no jogo de 2020.
Dito e feito.
Não bastasse o pênalti duvidoso (e quando digo duvidoso, digo que não foi falta) cometido por Kayky, o árbitro aplicava cartão nos jogadores do Flu e não punia os jogadores do Barranquilla por lances idênticos quase instantâneos. O cartão de Danilo “não dá chance ao Jefté” Barcellos, por exemplo foi aplicado em uma falta que foi igualzinha a de um jogador do Barranquilla, que não foi punido.
Tudo isso, somado ao desgaste por causa dos deslocamentos criminosos que o time teve de fazer por causa da incompetência da Conmebol (e um pouco por causa da apatia de quem dirige o Flu, mas não posso falar sob risco de ser chamado de torce-contra), fez com que os jogadores tricolores nitidamente não conseguissem se concentrar na partida. Até mesmo Martinelli que dificilmente erra, estava abaixo de seu nível costumeiro. Em alguns momentos, as jogadas eram iniciadas com lançamentos longos de Luccas Claro ou tentativas de infiltração de Nino, o que demonstrava a falta de clareza nas decisões táticas dos próprios jogadores.
Ao lado do campo, Roger Machado se preocupava mais em pedir aos jogadores que não entrassem na pilha do árbitro do que propriamente instruir as jogadas e o posicionamento do time.
Resumindo: tudo isso, somado a pequenas falhas individuais na hora de tomar algumas decisões ofensivas, resultou no empate em 1 a 1 com o time colombiano. Destaque positivo para a calma e precisão de Kayky na hora do gol de empate.
Para terminar, não pensem aqui que estou tentando justificar o empate. Longe disso. Primeiro porque já deixei claro nas conversas internas do PANORAMA que meu esquema de jogo seria diferente do de Roger. Segundo, porque sinceramente acredito que, se houvesse um pouco mais de frieza, dava para vencer o jogo. Mas não foi o que aconteceu.
Então, depois de ver e rever lances da partida, mais refletir bastante a respeito, tenho o direito de ficar descontente com o resultado, tanto quanto tenho direito de entender que houve muito mais coisas que influenciaram no resultado que o simples “jogar mal”.
Mas o Fluminense é isso: ser contra tudo e todos. Se não, não era Fluminense.
Em tempo, naquela última jogada de Caio Paulista a bola podia ter entrado, não é dona bola?
Agora, vamos de Portuguesinha do Andel, no domingo. Até lá…