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Após o espetacular retorno de Fred às Laranjeiras, que satisfeito sorriu ao ver seu ídolo como criança a pedalar na conjunção de Álvaro Chaves a Pinheiro Machado, o noticiário e as redes sociais têm sido tomadas por rumores relacionados à possível volta de Thiago Silva.
A volta de Thiago estará condicionada a algo acerca do qual nós, torcedores, não estamos nem um pouco no controle: escolhas.
O que pode trazê-lo de volta à camisa tricolor é o livre arbítrio. É o que ele escolherá em fazer com isto que chamamos de vida.
Thiago, a despeito de o Paris Saint-Germain declinar na renovação de seu contrato, tem mercado aberto na Europa. Com o sucesso construído no Milan, Thiago possui o respeito e admiração da torcida rossonera e é bem visto na Itália, um país no qual, tradicionalmente, bons zagueiros conseguem jogar até o extremo de seus 40 anos.
O Fluminense surge como possível destino inegavelmente, mas é necessário lidar com o quão distante este sonho se encontra. Sem entrar no mérito de haver ou não uma idolatria por Thiago Silva, estamos diante de um zagueiro de técnica refinada e de visível identificação com o Fluminense.
O questionamento infindável é: até que ponto podemos ir? Foge à realidade tricolor equiparar os ganhos que o Monstro possui no PSG, ou eventuais propostas de clubes europeus de ponta, financeiramente tratando. Trazê-lo significaria ousar. Mário, por movimentos já realizados nesta gestão e em outros momentos, tem predileção por contratações de impacto: a vinda de Ronaldinho em 2015 e a volta de Fred em 2020 demonstram esta tendência. Mas até mesmo a ousadia precisa ter sua sustentabilidade: o teto salarial do clube está deveras ocupado pelos diferenciados Ganso e Fred, e talvez também tocado pelo interminável Nenê. Thiago viria para fazer abrigo neste teto e, quem sabe, ultrapassá-lo.
Ousamos no retorno de Fred. E acertadamente, pois sua volta foi a reparação de um erro histórico. Tal ousadia, porém, me faz ter dúvidas se um movimento ainda mais arrojado caberia financeiramente em um ano atípico, com economia imprevisível, e receio em investimentos e patrocínios.
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Mário pode ter cartas na manga e acredito que as tenha. Neste baralho, entretanto, é preciso ter além de algumas que transmitam empolgação à torcida, outras que conquistem a confiança ao elenco vigente: a regularização salarial de todos, e principalmente dos expoentes, como Muriel, Nino, Marcos Paulo e Nenê são uma necessidade. O elenco atual, que nos trouxe até aqui e permitiu nossa sobrevivência no conturbado ano passado, precisa ter a concretude de seus compromissos honrados, por lhes ser um direito e para que investimentos em atletas mais caros não pareçam uma grande contradição.
O ás mais importante na manga de um bom gestor é o bem e a sustentabilidade institucional do nosso querido Fluminense. Mário sabe disso – e torço que reforce esta ideia diariamente.
Thiago, suas mangas e suas escolhas. Com tantos anos na Europa, digamos que seu baralho – ou seus maços – já são volumosos. O maior poder neste momento é dele próprio.
E por falarmos em cartas, há sempre um bom curinga no bolso de cada um. Imprevisível. Imponderável. Contra a lógica. Assim como o amor.
É ele que nos faz tomar posturas que contrariam números, lógica, mercado e a teórica e fugaz “normalidade”.
Thiago diz amar esta camisa e dever tudo a ela. Não haveria melhor hora de sacar o curinga do bolso e fazer a torcida tricolor rir largamente, sem freios e escrúpulos, a todos os cantos, como o inesquecível personagem dos cinemas que tal carta inspirou.
Escolhas. Tudo passa por elas.
É contigo, Monstro.
Saudações tricolores.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
#credibilidade
Texto espetacular! Fundamental colocação acerca da responsabilidade e sustentabilidade dos novos expoentes. Nossos sorrisos alargaram-se sim, com a volta de Fred e a justa reparação histórica.
Em relação à escolha do monstro, nos traz a esperança de que se trata de uma simples questão de tempo.
Que assim seja.
E será!
Um primor de texto.
Muito obrigado.
Saudações Tricolores