O Fluminense enfrenta o Clube Athletico Paranaense, nessa terça-feira, 22 de outubro de 2024, cumprindo tabela atrasada do Campeonato Brasileiro. É um jogo da já longínqua 17ª rodada.
O Tricolor vem de duas importantíssimas vitórias que o colocaram fora da zona do rebaixamento, mas a apenas um ponto do primeiro time da zona, que é o Corinthians.
Na verdade, o confronto contra o Athletico representa, a essa altura do campeonato, uma luta de ambas as equipes para se afastar do perigo que é flertar com o rebaixamento.
O Fluminense joga em casa, diante da sua torcida. Mas só isso não basta.
Carecendo ainda de melhorar fundamentos, o Flu possui uma média de 5,3 finalizações por jogo e um dos menores índices de chutes a gol do campeonato. Definitivamente, chutar e fazer gols não tem sido nossos trunfos em 2024.
Contudo, a chegada de Thiago Silva e Mano Menezes abalaram as estruturas da frágil defesa de Diniz, trazendo flagrante melhora ao setor defensivo.
Por sua vez, o Athletico é o lanterna do returno com a segunda defesa mais vazada, tendo sofrido 19 gols em 12 partidas. Não à toa, o time paranaense patina na zona do rebaixamento.
Ainda assim, será um jogo perigoso para a pretensões do Flu, que precisa se firmar no meio da tabela.
O Paranaense não deve contar com o arisco e talentoso ponta Canobbio. O Flu deve ter os retornos de Keno, Marcelo e, quem sabe, Thiago Silva.
Mas nunca é demais lembrar que a história do confronto entre os dois times, apesar de relativamente nova, é marcada por jogos vorazes e por vezes violentos.
Não passa de seis dúzias o número de vezes que os times se enfrentaram, em variadas competições. Ainda assim, Athletico Paranaense e Fluminense estampam páginas importantes do cenário nacional.
Uma boa lembrança é aquele 31 de julho de 2010, pela 12ª rodada do Brasileiro.
Noite de sábado, num Maracanã com quase 40 mil torcedores, o Flu fez uma correta e competente partida, vencendo os paranaenses por 3 a 1. Foram dois gols de Washington Coração Valente e um gol de Emerson Sheik que, aliás, exibiu recentemente num jogo comemorativo, uma barriga digna do “Seu Barriga”, do Chaves. Mas, deixemos isso de lado.
O Flu daquela noite de julho contava com o performático querido Fernando Henrique no gol; Mariano em grande fase na lateral direita; Conca entregando tudo e um pouco mais; Washington Coração Valente em sua melhor versão e Muricy Ramalho comandando o time. Diante do Athletico Paranaense, o tricolor assentou um dos muitos tijolos que fizeram erguer a conquista do tricampeonato brasileiro, em 2010.
Os dois gols de Washington nasceram de duas jogadas seguras, rápidas, inteligentes e precisas de Dario Conca. O argentino foi, naquele ano, sinônimo de perfeição no futebol.
Pelo lado do Athletico, além do lendário Paulo Baier, sabe quem estava na zaga? O nosso querido operário da bola, Manoel.
Quem sabe, em pleno Maracanã, diante da sua torcida, o Flu não sai de campo com uma vitória marcada pela lei do ex?
Já que um dos principais fundamentos do futebol, o chute, está em falta, quem sabe uma cabeçada à queima roupa de Manoel não nos faz recordar de outro fundamento, o domínio da bola.
Vamos ver o que nos aguarda. Mas, nessa, eu sou mais o Fluzão!