Sobre Castilho (por Paulo-Roberto Andel)

Fosse vivo, Carlos José Castilho completaria hoje 87 anos.

E, por isso, seria feriado nacional nas Laranjeiras, onde a melhor festa do mundo seria pouca para homenageá-lo.

Ele foi e é uma legenda.

Nos tempos de hoje, em que se questiona a idolatria a determinados jogadores, ora ávidos pelo dinheiro e mais nada, ora descompromissados, o que dizer de Castilho?

O jogador mais presente às partidas do Fluminense em toda a história, que dificilmente será superado um dia.

O goleiro das defesas fantásticas e que ainda era acompanhado de grande sorte – ela procura os competentes.

Campeão do mundo pelo Flu, bicampeão pela Seleção Brasileira.

Um ícone das três cores imortais em campo.

Um dos nomes eternos quando se fala das balizas tricolores, no Olimpo de Marcos Carneiro de Mendonça, Batatais, Félix e Paulo Victor.

O torcedor, o homem.

O profissional que se submeteu voluntariamente a uma amputação para não deixar de defender o Fluminense por semanas.

Tudo o que se disser de Castilho é pouco nestas linhas. Um livro é pouco.

Contudo, para ter a noção de quem ele foi, basta o essencial numa simples expressão: ídolo de verdade.

E eterno.

@pauloandel