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Amigos, amigas, parece que alguma coisa não ficou muito clara acerca do jogo de ontem.
É que já no sábado chamava atenção o fato de que a torcida do Fluminense comprara apenas cinco mil ingressos para o Fla-Flu. Chegando à arquibancada do Maracanã, talvez chegássemos a dez mil.
É perfeitamente compreensível a frustração com o ocorrido em Itaquera. Entramos em uma semifinal como favoritos e saímos desorientados, quase que com crise de identidade. Não obstante, tratava-se o jogo de ontem de uma decisão de campeonato para o Fluminense. Era vencer ou ver o sonho, ainda que distante, do penta ir embora com o vento. Seria uma semana realmente trágica justamente diante dos Café com Leite, os protegidos do sistema.
O fato, porém, é que o Fluminense devolveu praticamente na mesma moeda a derrota do primeiro turno. Na ocasião, jogamos muito mais que o adversário e saímos derrotados por 2 a 1. Ontem, foram eles os melhores em campo e sofreram igual revés.
Fla-Flu é sempre Fla-Flu. Conseguimos a proeza de ter dois zagueiros expulsos no mesmo jogo, sendo que um deles, David Braz, sequer entrou em campo. O outro, Manoel, não se sabe qual a razão para a decisão da arbitragem, que estava com a mão nervosa para distribuir vermelhos.
Nada melhor do que ver a torcida da Dissidência reclamando da arbitragem. A gente sabe que qualquer prejuízo causado a eles por arbitragem é troco, e será assim pelos próximos dois mil anos, tamanha a dívida que têm com os sopradores de apito, sobretudo aqueles que foram decisivos nos primórdios dos anos 80.
Verdade é que se o pênalti em Cano é duvidoso, o árbitro deixou de marcar um claro em Caio Paulista. Sendo assim, não vejo motivo para o chororô, mas a gente sabe que são como crianças mimadas, acostumadas a serem beneficiadas em tudo. Não se pode esperar que cresçam com o juízo no lugar.
A superioridade rubro-negra na partida pode ser atribuída a dois aspectos. No primeiro tempo, os erros na saída de bola e os desarmes nas imediações da nossa área. Já no segundo, a Dissidência conseguiu nos empurrar para as cordas, sobretudo após o nosso segundo gol.
Eu sou a favor de que o Fluminense sustente e aprofunde o modelo. Principalmente de que aprofunde, para alcançarmos um patamar de eficiência que ponha fim à vulnerabilidade da nossa saída de bola. O Fluminense já foi melhor na temporada sem os exageros, mas há outro problema que chama a nossa atenção. Foram vários os momentos em que travávamos duelos sanguinários para romper a pressão adversária e, quando conseguíamos, não acelerávamos o jogo. Poderíamos ter aplicado uma goleada ontem, se não fosse a dificuldade de acelerar o jogo e as decisões erradas dos atacantes, que nos privaram de chegar à meta dissidente. Acredito que Diniz dará mais atenção a esses aspectos nos dez dias que terá para preparar o Flu para o restante da temporada.
Fábio tinha tudo para ganhar um dez, mas caçou borboleta no lance do gol rubro-negro, que nos custou um final de jogo típico de um filme de horror. É impressionante como as falhas ocorrem quase todo jogo.
Parabéns aos que estiveram no Maracanã ontem. Fomos heróis, os que compreenderam a importância de um jogo como o de ontem. Não fosse a vitória, nossa temporada estava encerrada. Vencemos um jogo chave, deixando pelo caminho mais um concorrente direto. Já enfrentamos Palmeiras, Inter, Athlético e Dissidência, com a campanha do returno superando a do primeiro turno. Temos pela frente, fora de casa, Atlético MG e Corinthians. Há razões, sim, para acreditar no título, mas daqui para frente tem que ser erro ZERO.
Saudações Tricolores!