Seremos Penta! (por Marcelo Vivone)

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Baseado nas constantes desculpas de cansaço, maratona de jogos e viagens, alegadas por jogadores e técnico nos repetidos insucessos do ano, não tenho dúvida de que o penta do Brasileiro é nosso.

Ah, como eu gostaria que essa afirmativa correspondesse à realidade. Pelo menos assim, os ridículos que temos passados nesses últimos 2 anos seriam de alguma forma diminuídos.

Mas, infelizmente, não dá para ter esperança sobre a conquista do título do Brasileiro. Já me dou por contente por alcançar os 47 pontos e, qualquer coisa a mais do que disso, considero lucro.

Diante de tudo que temos visto, dá para garantir, com muito pesar, que os investimentos realizados nos últimos 2 anos no clube são certamente os mais mal empregados de todo o futebol brasileiro. Basta considerar que estamos caminhando para o 2º ano consecutivo sem conquista de título, sequer de um carioquinha. Isso com uma folha que, salvo engano, é a 3ª ou a 4ª mais alta do Brasil de 2014, como foi também em 2013.

Fomos rebaixados em campo no Brasileiro do ano passado e salvos pela incompetência administrativa do Flamengo. Eliminados de forma vexaminosa da Copa do Brasil e caímos 2 vezes em torneios eliminatórios para Goiás. Isso sem contar derrotas não menos ridículas para Botafogo, Chapecoense e Vitória no campeonato atual.

Como bem lembrou meu irmão Ítalo, um dois maiores conhecedores de futebol com quem tenho convívio, é muito provável que o total dos orçamentos somados de Botafogo, Chapecoense, América/RN e Goiás não chegue ao do nosso clube. É ou não é um caso de estudo a forma como jogamos dinheiro fora no clube?

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O dinheiro mal gasto é evidenciado pelo desequilíbrio que temos no elenco atual. Não temos reservas para as laterais. Minha opinião é de que precisamos de 2 titulares também, mas, em termos de planejamento, refiro-me apenas à ausência de suplentes. Não existe um jogador de ataque de velocidade no elenco. Perdemos um zagueiro apenas e a zaga simplesmente desabou. Temos na frente Fred, Sobis e Walter, que têm praticamente as mesmas características e não deveriam jogador juntos.

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Afora a montagem deficiente do elenco, da qual Cristóvão não tem qualquer responsabilidade, não dá para tirar parte da culpa dos insucessos recentes de suas costas.

É culpa sua, por exemplo, a insistência formar nosso ataque com Fred e Sóbis ou Fred e Walter. Isso nos torna presa muito fácil para qualquer sistema defensivo minimamente consistente. Basta marcar bem as subidas dos laterais e colar em Conca que nosso poder ofensivo deixa de existir. É muito simples.

Quarta-feira, mais uma vez, Cristóvão iria tentar a formação Fred e Walter como fórmula para arrancar o empate. A dupla só não jogou junta porque logo após a entrada do nosso lutador de sumô e duble de jogador, Elivélton foi expulso, após a 2ª chegada sem freio em um adversário no jogo.

Há ainda o agravante de utilizar a dupla num campo com as dimensões do Serra Dourada. A impressão que tenho num campo daquele tamanho é que um ataque lento, como o formado por Fred e Walter, não conseguiria sequer chegar à área adversária.

Para jogar no Serra Dourada, é evidente a necessidade de ter pelo menos um atacante de velocidade. E aí, vem novamente a pergunta: o que faz Biro Biro no banco? Para mim é figura meramente ilustrativa. Se ele foi preterido por Walter naquelas condições, não deve ser mais levado para qualquer partida. Se não tem condições técnicas ou seja lá quais forem, por que é escalado em todos os jogos para o banco?

Outro grave erro do nosso treinador na última partida foi permitir que o time voltasse para o 2º tempo com seus 2 zagueiros. Campo enorme e um ataque adversário muito veloz. Era muito provável dar merda e imaginei no intervalo que Cristóvão iria voltar com Marlon no lugar de Elivélton.

Nosso treinador parece estar disposto a assar sua própria batata.

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Rápidas:

– Gostaria de saber do Cristóvão qual a explicação para a opção por Elivélton em detrimento do Marlon;

– Os melhores jogadores do último jogo foram Diguinho (que voltou bem depois de longo período machucado), o goleiro Felipe e, dentro das suas limitações, Chiquinho. Por aí já dá para ver que tem alguma coisa errada com o nosso futebol;

– Com as deficiências de elenco que temos, nossa formação tem que ser 4-2-3-1, não tem para onde correr;

– Depois de um tempo sem lesões, começou novamente o show de contusões e estouros musculares.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MVivone

Foto: lancenet.com.br

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