Será que ele é? (por Paulo-Roberto Andel)

Entra ano, sai ano, a imprensa esportiva mergulha nas ondas da fanfarronice de certos dirigentes – ou faz mergulhar. Assim, qualquer Raimundim vira Pelé, qualquer contratação virá reforço. Caso do Fluminense, que andou trazendo uns caras que vão precisar mostrar a que vieram.

Não é a situação de Ganso, se reforço vier a ser. Comprovadamente é um jogador de ótimos recursos técnicos, dos melhores que o futebol brasileiro produziu nos últimos anos. Gol pró. No entanto, há muito tempo não cumpre uma temporada à altura do seu futebol. Gol contra. E o saldo? Primeiro é esperar para ver o que acontece. Depois, torcer, é claro. Para o time, que fique bem claro; torcedor de dirigente não cheira bem na maioria das vezes. A maioria fede que nem o velho trecho da Linha Vermelha na altura do Cepel.

Muitos usam os exemplos tricolores de Renato Gaúcho e Ronaldinho para ilustrar a discussão. São situações distintas ao extremo. Renato chegou ao Flu numa ocasião pessoal até pior que a de Ganso, embora o time tivesse peças melhores do que o atual. Deu certo porque jogou a melhor temporada de sua vida desde que tinha saído do Grêmio, oito anos antes. Já Ronaldinho, cracaço, era ex-jogador enrustido e quando veio o Flu estava no G4. Houve tentativa de capitalização política com direito a novelinha encomendada, tentativa de resposta à Unimed etc, mas como o mundo dá voltas, hoje estão todos abraçados e siamesesérrimos. Cada caso, um caso. Na época eu vibrei: quem não quer ver um craque em campo, por mais efêmero que seja? Doce ilusão que alimenta a alma.

Se acontecer a contratação pelo menos vai melhorar a arrasada auto-estima tricolor. Será que o Ganso é realmente um reforço? Será que ele é? Tem que mostrar no campo. Os dados estão rolando. Dando certo, no mínimo acabam os tijolaços que saem rasantes pela lateral, as caneladas etc. Agora, uma andorinha só não faz verão. Tem que melhorar isso aí, tálquei?

Ah, de onde virá a grana mesmo?

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Ainda não havia falado do Diniz. Bom sujeito, treinador que vai além dos chavões. Como jogador, sempre respeitou nossa camisa mesmo quando precisou dar belas porradas. Vai precisar de tempo e merece isso. Tomara que dê certo.

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Quem passou três anos xingando diariamente e agora faz silêncio corporativo de conveniência só merece uma nomenclatura: a de pilantra.

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Estamos de volta. Eis a oitava temporada do PANORAMA.

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Edyr de Castro, Gisela Amaral. Foi um Rio que passou em nossas vidas.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

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