Senna: saudade (por Luis Brito)

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Ayrton, 19 anos de saudade.

Era 1º de Maio de 1994, uma manhã de domingo no Brasil até então comum, onde todos acordavam para assistir um dos maiores pilotos da história do automobilismo mundial.

Ayrton Senna “do Brasil” como dizia o narrador Galvão Bueno, estava pronto para mais uma etapa do mundial de 94, mas o histórico Grand Prêmio de San Marino guardava uma fatalidade, a despedida de Ayrton da F-1 e não só isso: a morte de Senna. No Dia do Trabalhador o piloto faleceu após entrar na curva Tamburello e perder o controle do carro, seguindo sem direção e batendo violentamente contra um muro de concreto, onde aconteceu fim de sua vida.

Era domingo e, naqueles tempos, os brasileiros acordavam todas as manhãs para assistir o melhor e maior ídolo do esporte brasileiro na época, dividindo atenções até do futebol. Ayrton Senna corria pela equipe Williams e participava do GPrêmio de San Marino, mas aquele não era um final de semana normal ou comum, alguns acontecimentos estavam afetando a cabeça do piloto brasileiro.

Na sexta-feira anterior, outro piloto do Brasil, ainda não conhecido do público, Rubens Barrichello, se acidentou com uma batida muito forte no muro de uma das curvas do GP. Apesar do susto, o piloto passava bem tendo pequenos ferimentos, mas outro acidente iria assustar ainda mais os pilotos. No dia seguinte à batida de Barrichello, o piloto austríaco Roland Ratzenberger sofreu um acidente onde levou à morte do piloto.

Senna foi correr no domingo após uma reunião dos pilotos que participavam do GP de Ímola, que, terminada, acordou que a corrida deveria acontecer. Senna então largou na manhã de domingo e, em poucas voltas, sofreu o acidente gravíssimo que o vitimou – o piloto perdeu o controle do carro e foi diretamente ao muro.

Após esse dia a Fórmula 1 nunca mais foi a mesma para os torcedores brasileiros.

Senna morreu e deixou saudade.

Desde então nenhum piloto brasileiro foi campeão da maior competição de automobilismo mundial.

Ayrton não era apenas um grande ídolo, mas sim um herói nacional.  Ao final de cada corrida vencida o piloto levantava a bandeira do Brasil para mostrar ao mundo o orgulho de ser brasileiro.

Apesar da saudade, o automobilismo seguiu e nunca mais viu um grande herói ou ídolo. Grandes pilotos apareceram, Schumacher, Alonso, Vettel, Hakkinnen, Damon Hill, Jacques Villeneuve, Rubens Barrichello, mas nenhum para substituir o melhor e maior piloto. Carisma é outra coisa.

A Fórmula 1, após a morte do Senna, perdeu a graça para os brasileiros que acordavam e perdiam as suas manhãs de domingos. Não era só o homem da família que acordava para assistir ao piloto:  as mulheres, as avós, avôs, filhos queriam levantar para ver o piloto.

Senna já se foi há 19 anos, faleceu em nossas visões, mas permanece em nossos sentimentos e lembranças.

Está aqui conosco e estará. Sempre.

Luis Brito

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

1 Comments

  1. GRANDE SENNA…ESTEJA EM PAZ GRANDE ÍDOLO, GRANDE PESSOA, GRANDE BRASILEIRO

    PESSOAS ESPECIAIS NÃO MORREM APENAS PARTEM ANTES DE NÓS

    VLW GUERREIRO AYRTON SENNA DO BRASIL

    ST

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