No dia anterior ao jogo, a torcida rival recebeu a ruim notícia de que Wagner havia recebido duas propostas e que estaria deixando o clube. E como Wagner sempre foi um grande profissional, nunca participou de entregas de jogo, seja por atraso de salário ou para derrubar técnico, e, acima de tudo, tem muito amor pelo clube em que joga desde 2012, nosso ex-camisa 10 pediu para não jogar.

Com essa inesperada e definitiva baixa, nosso treinador optou pela entrada de Pierre.

A péssima notícia de última hora ficou por conta da infeliz escolha do nosso treinador de barrar Marlon para escalar Gum de titular. Alô vossas senhorias do STJD, conto com vossas intervenções no próximo julgamento. Lembrando que aos nobres cidadãos que o guerreiro Gum será julgado pela segunda expulsão no campeonato.

O jogo foi muito ruim, de baixo nível técnico, muitos erros de passe e raríssimas chances de gol. O placar não poderia ser diferente de um melancólico 0 a 0.

O São Paulo começou impondo uma forte pressão territorial e mal conseguimos passar do meio de campo até os oito minutos de jogo.

Depois dos 10 conseguimos pelo menos sair do nosso campo de defesa.

Na primeira etapa aconteceram duas chances de gol para o time da casa. A primeira numa cabeçada de Pato que parou na defesa de Cavalieri. A segunda surgiu numa tabela entre Ganso e Pato, que acabou com o camisa 10 chutando rasteiro e levando perigo ao Fluminense.

Aos 35 aconteceu o lance capital do jogo para o Fluminense. No único contra-ataque que conseguimos encaixar, Gerson se viu na cara de Rogério Ceni, demorou muito pra chutar, pela deficiência que tem em utilizar a perna direita, e deu tempo para o zagueiro adversário empurrá-lo por trás.

Pênalti claro, que o caseiro Vuaden preferiu fingir que não viu, o mesmo ocorrendo com os impressionantes funcionários da TV que detém a transmissão dos jogos.

Gerson e o juiz falharam no lance e impediram que o Fluminense marcasse. Sobre o árbitro, estava bem claro desde o início do jogo que ele estava apitando para o time da casa. Não tenho dúvida de que, se o lance fosse para o mandante, a penalidade máxima teria sido marcada e o zagueiro que cometeu a infração teria sido expulso.

O segundo tempo começou morno e lento.

Somente do meio do segundo tempo para o final, mais pela nossa fragilidade que por sua própria qualidade, o São Paulo fez alguma pressão.

Primeiro, numa furada de Wellington Silva, aos 23 minutos, a bola acabou sendo cruzada para Pato cabecear fraco nas mãos de Cavalieri.

O São Paulo aumentou o ritmo e a aconteceram mais algumas oportunidades. Em uma delas, Cavalieri saiu mal do gol para tentar interceptar uma cobrança de escanteio, perdeu no alto e viu uma cabeçada do adversário explodir em nosso travessão.

Em outro momento, Centurion apareceu livre na área, mas Edson conseguiu travar o chute.

Com a perda de Wagner, a ausência durante bom tempo do Vinícius e outras saídas que ainda podem ocorrer, ficou evidente a necessidade da diretoria reforçar o elenco.

Não dá para imaginar o Fluminense lutando pela Libertadores e até pelo título, como é o caso nesse momento, se tivermos em nosso time titular jogadores como Pierre e Marco JR. Ambos têm tido boa participação até aqui, mas entrando no decorrer dos jogos e em situações específicas.

Fizemos hoje uma partida que pode ser considerada ridícula. Fomos para o jogo com uma proposta de nos defendermos e tentarmos matar o jogo no contra-ataque e não conseguimos cumpri-la.

Em mais de 90 minutos, conseguimos fazer isso uma única vez, no lance em que o juiz ignorou o pênalti sofrido por Gerson.

É evidente que a saída de Wagner pesou, ainda mais da forma desrespeitosa, canalha e covarde como foi (na sexta, o cara estava escalado e dando entrevista sobre o jogo contra o São Paulo).

Ainda há tempo para a diretoria repor pelo menos um jogador de meio de campo, que chegue para ser titular, e trazer também o tal jogador de velocidade e de lado de campo.

Continuamos bem colocados no campeonato e dentro do G4.

Panorama Tricolor

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Imagem: Panorama