Hoje, provavelmente, vai ser um dia de mais testes. No jogo em Natal, Cristóvão lançou o Edson. Mostrou qualidade, mas precisa de mais investimento, ou seja, jogar. Mesmo que seja entrando durante as partidas. Valência é titular absoluto, mas seu histórico de contusões requer alguém de prontidão para assumir a vaga.
Como falei há uma semana, gostaria de ver o Robert em campo. Ficou no banco naquele jogo, mas não foi utilizado. Não há melhor momento, considerando-se a boa fase e a característica do confronto de hoje.
Pelo estilo desenvolvido por Cristóvão, o garoto se encaixa como uma luva. Habilidoso, tem visão, sabe correr com a bola. Pode formar um trio de altíssima qualidade com Cícero e Conca.
Vamos lá, Cristóvão, lança o garoto!
Lenga-lenga
Fred entra; Fred fica no banco; com Fred, vai ter que mudar o esquema. Em meio à discussão sobre como Cristóvão Borges iria encaixar o atacante num time organizado, o técnico tricolor sabia que essa questão não era determinante. Aliás, até andou reclamando da insistência nesse assunto, esquecendo-se do essencial. Certo ele. Fred sempre foi titular, é fato, mesmo nesses dias, frequentando o banco de reservas. Isso não alterará sua concepção de jogo.
Apesar de toda a sua importância para o Clube, o camisa 9 não é peça-chave. A espinha dorsal do Fluminense é formada por um volante com grande raio de ação quando marca (Valência), um meia multifunção (Cícero) e um meia criativo (Conca). Os demais preenchem o esqueleto.
A entrada de Valência fez com que o sistema defensivo se tornasse menos frágil. O colombiano faz um misto de volante e de terceiro zagueiro. Forma um triângulo com Gum e Henrique. Quando o Fluminense ataca, a figura geométrica estica e, quando é atacado, encurta. Às vezes, quase fica entre os dois. Isso diminui a importância do Jean na marcação e, também, dá liberdade ao camisa 7 para chegar próximo a Conca e Cícero para fazer a bola circular.
Cícero é um dos jogadores mais versáteis do futebol brasileiro. Não é craque, mas defende, arma, chega ao ataque e conclui com enorme facilidade. É muito difícil marcá-lo porque se movimenta incessantemente e com rapidez. Essas qualidades fazem com que o adversário tire os olhos de Conca. Com essa configuração, o argentino ganhou espaço e mais liberdade. Quando a bola lhe chega, com a sua habilidade e visão, tem a vida facilitada para distribuir o jogo ou finalizar. Wagner e Rafael Sóbis jogam mais sem a bola, abrindo espaços.
Como se vê, dentro de campo, com Fred ou sem Fred, com referência ou sem referência, a discussão torna-se secundária.
Panorama Tricolor
@Panoramatri @MauroJacome
Fotos: globoesporte.com
Pré-revisão: Rosa Jácome
faltou considerar os melhores lançamentos da noite pelos pés de Marcelinho. abriu o placar e meteu duas na frente para Max e Alfredo. esses lançamentos foram geniais.