Significado da palavra “reforço”:
s.m. Ato ou efeito de reforçar. Aumento de força. Auxílio. Peça que se junta a outra para torná-la mais forte. Militar. Peça da boca de fogo junto à culatra, em que o metal é mais espesso. Fotografia. Aumento da intensidade do escuro em uma chapa fotográfica. Psicologia. Apresentação do estímulo que desencadeia a reação incondicional, em lugar do estímulo condicional.
Ok, vamos lá.
É claro que todo torcedor quer ver seu time cada vez melhor e ganhando tudo o que disputa.
Nós, tricolores, não fugimos dessa perspectiva. Futebol é a obsessão de vencer.
É claro que outras grandes equipes do futebol brasileiro têm buscado jogadores de nome para seus times, principalmente os nossos rivais na Libertadores 2013.
Sim, o Fluminense teve problemas ano passado na lateral-direita, às vezes na zaga, às vezes com o meia de ligação nas ausências de Deco (Neves não conseguiu fazer isso bem, Wagner teve um início tíbio e depois foi razoável apenas). Pois é, mas como substituir Deco em termos de talento, passe, qualidade? Um meia veloz, ainda que com menos recursos, já seria uma boa.
Ainda assim, vencemos o carioca com sobra, dinamitando os grandes adversários nos momentos cruciais. Ganhamos o brasileiro com três voltas de vantagem e a Libertadores só escapou por causa dos desfalques importantes que tivemos. Tite, treinador campeão da América, não titubeou quando perguntado em entrevista sobre quando achou que o Corinthians tinha chance de ser campeão: “Quando o Fluminense saiu”.
Sim, reforços são necessários sempre.
Agora, é natural que o Fluminense seja o time que menos tenha se reforçado em 2013.
É o campeão brasileiro. Tinha o melhor elenco ano passado e volta a lutar para ratificar esta condição.
Outra coisa: trabalhamos em silêncio mineiro, coisa que nem certos times mineiros, estilo “ganha-nada”, sabem fazer. Ninguém tem certeza do que vem aí nesta semana ou na outra.
Felipe é um nome em jogo. Pedido de Abel. Craque incontestável, cabeça-dura, já veterano, histórico problemático, mas suficiente para dar um show no Carioca e, ocasionalmente, nas saídas de Deco. E, claro, sem espaço para pitis num ambiente onde Fred e Deco reinam, sem contar que encrenca com o Abelão – mais seus 150 kg e seus 3 metros de altura – nunca pode ser um bom negócio.
Repito: eu preferia um meia de ligação veloz que possa coadunar com Wellington Nem.
Reiteiro: nunca sou contra o craque.
Craque é sempre bem-vindo.
Até quando não dá certo, o craque atrai os pequenos torcedores para sempre.
Minha formação clubística se deu nos tempos da Máquina, de modo que os discursinhos politicamente corretos não me iludem: imagine se deixássemos de ter o time mais famoso de nossa história, que até hoje nos repercute no exterior, por causa de “maus elementos” como PC Caju, Rodrigues Neto, Carlos Alberto Torres, Pintinho, Doval, Mário Sergio… toda essa turma aí representa o melhor futebol brasileiro (Doval, portenho) e não havia uma flor cheirosa (risos).
Tem esse garoto que chegou também, o Rhayner. Não veio à toa. Ultimamente, estamos acostumados a grandes nomes, mas é bom lembrar que, muitas vezes, jogadores sem cartaz é que escreveram as melhores linhas da história do Fluminense. Não foi o caso de Gilberto 1980? Assis imortal veio em 1983 como contrapeso de Washington. E quem apostaria que o garoto Leonardo faria um gol fundamental na maior vitória de todos os tempos em 25/06/1995?
Há quem aposte que Wellington Silva será barbada na direita. Tenho minhas dúvidas. Mas caiu bem. Lembremos do Igor Julião. Ah, o Cícero levou um ano pra acertar com a camisa do Flu; quem sabe o Bruno não acerta também?
E pode vir mais coisa por aí.
Sem alardes e megalomanias, o Fluminense tem escrito uma história fundamental no futebol. Com todos os problemas que sabemos ter, a diretoria atual tem dado um banho de administração desde o meio-fim de 2011. Deixemos a turba trabalhar.
Quero mais é saber do dia 20, com o Flu em campo em São Januário. E logo.
Assim, voltaremos a cantar.
Paulo-Roberto Andel
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
Contato: Vitor Franklin
17 Comments
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Andel, penso que o Fluminense já é um time pronto. A diretoria sempre falou que manter o elenco seria o principal reforço do time, por esse motivo acho que as chances de um grande jogador chegar acabaram quando o Conca voltou pra China. Agora resta torcer por um ano melhor de nossos laterais, para que Thiago Neves e Wagner joguem tudo que podem, a dupla Fred e Deco sem lesões, que nosso trio iluminado (Cavalieri, W. Nem e Jean) repitam 2012 e que os reforços que chegaram possam ajudar!
Time pra ser campeão já temos, só não pode repetir os erros da libertadores passada, quando o pessoal dormiu bastante em campo!
S.T
IMPORTANTE
No site da Rádio Globo tem um link de uma pesquisa sobre time de futebol. Penso que é interessante mostrar a força da torcida Tricolor e votar na pesquisa.
http://www.radioglobo.com.br
“Pesquisa
Queremos saber suas preferências em relação ao conteúdo esportivo!”
Boa, Breno.
E não é que depois de ler esse texto fiquei ainda mais animado para 2013? rs
St
Paulo, vou discordar de vc. Não acho o Felipe craque. Não mes-mo!!!
E mais: acho um cara esquisito, mal encarado, de caráter falho. E o Fluminense não tem deve ter ou nutrir espaço por este tipo de jogador. Caras “esquisitos” (chamemos assim, ok?) como esse tal de Felipe ficam mais à vontade em times como Vasco e Flamengo (se é que vcs me entendem…). Sem falar que tem 35 aninhos. Fique longe, Felipe!!!!
Abraços do
Sergio
Paulo responde: cracaço, Sergio.
Braxx.
Do debate nasce a luz… Gosto mais do Flu que renasceu em 2010. O mundo mudou e o futebol tb. Agora, para ser grande não basta ser local. Se o Flu quer ser o maior ou estar entre os maiores, precisa ser o maior do BRASIL, das Americas e de mundo. É preciso aproveitar o momento para crescer, como clube, como torcida, como visibilidade e como referencia no mundo.
Felipe me lembra mais as lambanças de horcades e cia do que o profissionalismo de Peter. Não podemos voltar aos tempos em que tivemos Romário, Edmundo, Roger e ramos. Foi um fiasco e serve de aprendizado. Ingredientes certos fazem uma ótima receita.
Em tempo, a seleção de 94 e de 2002 me deram mais alegrias do que a de 82. Vencer eh fundamental, espetáculo, soh quando possível…
Paulo responde: A seleção de 1994 venceu com justiça e honra.
Mas tinha um craque chamado Romário.
Eis a diferença.
Quando se fala em 1982, não é um jogador, dois, é a “seleção”. A representação do nosso futebol como ele realmente é.
Não tivéssemos ficado 24 anos sem títulos entre 70 e 94, a seleção de Romário talvez tivesse menos prestígio ainda, embora tenha sido conduzida admiravelmente pelo querido Parreira e tendo Ricardo Gomes como um totem.
O futebol do craque sempre fica.
Belo texto, me cabe porém alguns contrapontos.
1 – A maquina é sim dita como o mais famoso time tricolor, mas falando em resultados, obteve apenas um bi carioca. Muito pouco para se vangloriar de o maior time da história.
Julgo que o time capitaneado por Fred, ja bi campeão Brasileiro(por pontos corridos!!!), caminha sim para ser o maior Flu de todos os tempos(como equipe). Basta uma Libertadores, que tenho fé, virá agora em 2013.
2 -sou também sempre a favor do craque, desde que ele esteja ainda em forma e em condições de produzir e segundo, que seja um cara de grupo como são nossas estrelas. Felipe é para mim mais risco do que aposta.
De resto, é torcer e apoiar o time, mas sou da campanha Felipe não! Por precaução.
Paulo responde: prezado Lennon, permita-me discordar dos seus conceitos aqui apresentados quanto à Máquina. Simplesmente porque o sentimento e a paixão são relativos e não podem ser mensurados contábil ou matematicamente falando.
1) Por sinal, falar sobre futebol nos anos 70 no Rio de Janeiro é falar do campeonato carioca – craques, públicos com dezenas de milhares de torcedores em qualquer partida. Nos tempos da Máquina (leia-se seleção brasileira em campo) os jornais nem davam destaque ao campeonato brasileiro, o que só veio a acontecer exatamente em 1980, adivinhe por que… Nos dois anos em que foi completo favorito ao título brasileiro, o Fluminense parou no mata-mata, uma para o Inter (considerado por alguns como o melhor time do mundo na época) e contra o Corinthians (debaixo de uma tempestade e com Pintinho perdendo um lance capital com o gol vazio no último lance da prorrogação).
O time atual pode vencer mais, muito mais e ser inclusive o maior vencedor da história do clube, para o que todos sempre torcemos.
Isso, contudo, não vai diminuir em nada os feitos do passado, sejam eles “maiores ou menores” (juízo pessoal, pois).
Quero que o Fluminense volte a ser campeão do mundo, mas isso em minha opinião jamais há se superar o que senti nos 3 x 2 de Renato Gaúcho imortal. Justamente num campeonato carioca que nem era tão brilhante quanto os dos anos 70, quando a Máquina imperou com total autoridade.
Hungria 1954, Holanda 1974/1978 e Brasil 1982 não ganharam absolutamente nada. No entanto, quem há de apagar o gigantismo destas equipes, consagrado décadas após décadas? Não se resume em resultados.
Provavelmente há corinthianos que não trocariam 1977 por 2012 ou 2000. Há colorados que não trocam o timaço 75/76 pelo campeão mundial de 2006.
2) Felipe é risco. Futebol é risco. A vida é risco. Por exemplo, todos à época juravam de pés juntos que Luis Henrique seria o maior craque brasileiro em 1994 vestindo as cores do Flu…
Felipe, acho, jogou 29 partidas pelo Vasco em 2012. Foi substituído em 18 delas. Teve média de 60 minutos em campo aproximadamente . Nestas 29 partidas em que jogou, o aproveitamento do Vasco foi de 60% (fonte primária – rádio Tupi).
Sou sempre favorável ao craque. Se Felipe vier, apoiarei do mesmo jeito que apoiei a vinda não-concretizada de R49.
Em 2011, muitos tricolores queriam Deco fora do Fluminense…
Braxxxx
Concordo plenamente com você. Aquele time que o Horta montou só tinha “bad boy” e é inesquecivel até hoje. Como dizia o Saldanha não quero jogador que sirva para casar com a minha filha e sim para jogar futebol…rsrs
O maior reforço do Flu foi manter todo o elenco multicampeao de 2012.
De acordo
Olá Andel,
Espero que os reforços venham, principalmente, na lateral-esquerda, no meio e, gostaria muito de ter um zagueiro mais técnico que nossos Gum e Euzébio que nos causam arrepios…
Quanto ao Felipe, preferiria a sua não contratação, pois, acho que não se encaixaria em nosso time de Guerreiros, uma vez que é extremamente egocêntrico.
Em notícia do globoesporte.com, site que não nutro muita simpatia nem credibilidade, li uma boa notícia: “http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2013/01/flu-quer-o-lateral-esquerdo-monzon-do-lyon-e-mira-apoiador-de-peso.html”.
Isto me anima, pois, em algum lugar li que não seria o Felipe que viria mas, sim, o Kaká com a ajuda da Adidas, como forma de compensar as últimas bobagens feitas pela empresa.
Será??? Aguardemos os próximos capítulos!!!
ST, Luiz
Paulo responde: Luiz Pereira, tudo é possível. Pessoalmente, Felipe não seria meu primeiro reforço. O que não aguento é a turminha “politicamente correta” vetá-lo por “mau comportamento”. Grande Braxxx.
Não é mau comportamento, é não se entregar em campo, não ter raça, estar idoso pro futebol e não ter a cara do time de guerreiros. O Flu eh lugar de quem quer dar o sangue