Certamente a máxima segundo a qual “o importante é competir” tem seu valor, na medida em que enaltece a prática de esportes, mas ninguém entra numa competição para perder; ou ao menos, não deveria. As derrotas, porém, fazem parte do jogo e servem para que os erros de planejamento sejam corrigidos para que, numa próxima vez, se tenha a certeza de que o atleta ou a equipe deram o melhor de si, qualquer que seja o resultado. Em outras palavras, as derrotas deveriam proporcionar uma evolução no desempenho.
Essa “lição olímpica” parece ter sido assimilada pelo Fluminense entre o jogo do Grêmio e o do Atlético-MG. A escalação equivocada e a falta de agressividade do time no primeiro jogo deram lugar a uma equipe renovada e vibrante no último. O ímpeto e a garra da equipe mostrados contra o Atlético-MG estão muito mais próximos da tradição do Flu do que a apatia demonstrada em outros jogos.
Que essa derrota tenha servido para colocar o time no caminho certo; se conseguirmos repetir o padrão do último jogo, não tenho dúvidas de que chegaremos. E que, se eventualmente acontecer de novo, tenhamos certeza de que demos nosso melhor. Bola pra frente.
Nota: Já que comecei falando em Jogos Olímpicos, impossível não mencionar a Taça Olímpica, título concedido ao Fluminense pelos valiosos serviços prestados ao esporte. O Flu, aliás, é o único clube de futebol no mundo a possuir tal honraria.
Gustavo Reguffe
Panorama Tricolor/ FluNews