Realidades (por Lennon Pereira)

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Algumas constatações são dignas de registro quando analisamos o jogo entre Fluminense e Coritiba, sábado às 18:30h, horário imposto pelo pay per view e que nada tem a ver com a cultura do brasileiro, de assistir aos jogos as 17 horas. Sobre isso só podemos lamentar, pois a famigerada Rede Globo é sócia majoritária da CBF e das demais Federações, e por isso manda e desmanda na tabela, horários e tudo mais que lhe for interessante para ter retorno em seus cofres.

Vamos então ao que interessa: o Fluminense e o jogo.Vale registrar com orgulho o fato de um Maracanã com um ótimo publico para a posição na tabela, a qualidade do elenco e a hora do jogo. Algo em torno de trinta e quatro mil pessoas. Isso me leva a duas reflexões:

1 – O Fluminense raramente colocou esse público no Engenhão, mesmo em jogos decisivos e com um elenco repleto de craques como Fred, Deco, Conca e etc. Fica claro que nossa torcida é de Maracanã e ponto final.

2 – Vale o registro de que quando chamada a apoiar e ser o décimo segundo jogador, nossa torcida não foge a luta e nem teme desastres e decepções. Fomos em peso, cantamos, apoiamos, compreendemos a situação, fizemos nossa parte. Só exigimos entrega, raça, fibra.

Com relação ao jogo em si e o que aconteceu dentro de campo, poucas novidades e várias constatações da realidade atual. O time é fraco e limitado. Se jogar sem garra e vontade, nosso destino será o tenebroso “Z4”. Ao que parece, essa fase foi vencida. Houve entrega, dedicação e muita garra.

Como lado bom da coisa, podemos ver com clareza que Xerém é uma grata realidade. Somos um celeiro de revelações. Sábado foi a vez de Ronan entrar no lugar do talentoso mas inconstante Carlinhos e mostrar que pode dar alegrias. Juntam-se a ele os meninos, Rafinha, Igor Julião e Biro Biro, ainda muito jovens, vão oscilar, mas, se tratados com o devido cuidado e sem deslumbramentos, podem ser grandes jogadores e nos ajudar nessa campanha. Com a saída de TN e Deco e a contusão de Fred, o elenco ficou limitado de jogadores experientes e tarimbados. Evidenciado assim o erro de planejamento da diretoria e do ex técnico Abel. Que aprendamos com a soberba para não repeti-la.

Perdemos a chance de fazer três pontos em casa, contra um time limitado e covarde, que se limitou a esporádicos contra ataques. Num deles ficou clara a vulnerabilidade de nossa zaga. Esforçada mas fraca. Tomamos um gol ridículo de cabeça, onde o atacante nem precisou saltar para colocar a bola no fundo das redes de Cavallieri, que nada pode fazer. Anderson é jogador fraquíssimo e precisamos encontrar logo alguém para seu lugar. Espero que Wanderley veja isso antes que seja tarde ou os prejuízos maiores.

O gol salvador de Gun, em bonita jogada de Biro Biro nos salvou de mal maior. Dominamos pressionamos, mas não tivemos poder de definição. É o reflexo de um time dedicado e limitado. Sofreremos até o final, temos que ser humildes e batalhar com afinco. De bom, cabe também ressaltar a sequencia de seis jogos invicto. Clara evolução do trabalho do novo treinador e do amadurecimento da equipe.

Não posso me abster de três comentários finais:

1º. Finalmente o Cavalo Paraguaio deu o ar da graça. Podem me cobrar, o Botafogo não pega nem vaga na Libertadores.

2º. Perder cinco pontos para o Náutico (que só ganhou 2 jogos) é um duro golpe na arrogância da molambada.

3º. Só o Vasco pode salvar o Flamengo do rebaixamento esse ano.

Saudações e até a próxima!

Panorama Tricolor

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