Oi, pessoal.

Para os torcedores que apoiam “Edsons” e “Diguinhos” e cobram excessivamente dos mais talentosos, um toque: não continuem a ler, vocês não vão gostar.

Para quem lamenta o erro do tempo que trouxe um dos maiores gênios da história do futebol ao nosso amado Fluminense com três, quatro anos de atraso, eu gostaria de dirigir umas palavras: estou muito triste do Ronaldinho sair por algumas questões.

Lembrando o mago Deco, Ronaldinho foi o jogador mais espetacular da história recente do futebol. No Fluminense, com poucos jogos e escassos dois meses, sem sequência de jogo e em campo, transformado em centroavante, ele foi tão inútil quanto um mau jogador, porque o seu forte é a armação, é achar um espaço onde ninguém vê, com velocidade de raciocínio só dos gênios.

Com Enderson, Ronaldinho jogava isolado no ataque esperando receber a bola do “armador” Marcos Jr quando deveria ser o contrário. Tudo porque Marcos Jr tinha mais fôlego – e não bola – para recuar e marcar. Os Dungas e Lazaronis se reproduziram em massa no Brasil, infelizmente, inclusive, nas arquibancadas.

Sinceramente, não me interessa se ele fuma, bebe e é boêmio. Muitos grandes jogadores tiveram uma vida assim e renderam mesmo aos 35 anos. Não com tanto brilho mas sendo úteis. Entendo e lamento que Ronaldinho sofra o mito do Peter Pan.

Após a perda trágica do pai, num acidente na piscina, o menino foi superprotegido por sua mãe e irmãos. Natural. Compreensível. Acho que o fato dele não ter casado o fez viver como um adolescente ou jovem adulto até hoje, mesmo já um balzaquiano. O corpo já não aguenta mais esse ritmo.

E ao contrário da manchete da Fla-Press que o odeia por ele ter largado o Flamengo e cobrar R$ 40 milhões de reais ao clubinho da massa que eles manobram, Ronaldinho não saiu do Fluminense pela porta dos fundos pelo simples fato de ter rescindido ao perceber que não aguentaria mais essa rotina, sendo digno, honesto com o clube.

Estou triste. Sabia que ele não ficaria inteiro nesse ano mas ano que vem, no mesmo tempo e ritmo, ele ajudaria mais, já teoricamente num time com encaixe o que não era o time do Enderson, pelo contrário.

Estou triste, Ronaldinho. Queria vê-lo feliz novamente, fazendo feliz a torcida tricolor e dando-se um final de carreira à altura da sua genialidade num clube digno, limpo, bonito como o Fluminense. Não será assim. Sei que você tentou ajudar mas não deu.

Estou triste como todo amante da arte que há nesse esporte apaixonante e encantador. Os deuses do futebol, Ronaldinho, também assim estão. Mesmo assim, obrigada por cada mágica, magia, espetáculo. Muito obrigada, Ronaldinho. Sentirei sua falta.

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TOQUES RÁPIDOS – Gols para se classificar!
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Pessoal, não gosto da marcação com duas linhas de quatro, porque elas se aproximam muito, formando uma retranca e dando espaço ao adversário para saída de bola livre de marcação, sem pressão. Num futebol onde é só pressionar os zagueiros e volantes adversários, em regra, muito ruins tecnicamente, preferiria ver o Fluminense com as linhas mais adiantadas.

Não tem sido assim há anos. Talvez somente Dorival Jr. tenha tentado isso, mas o momento dramático do risco do rebaixamento, com o elenco sem moral e confiança, fez com que o time naturalmente se retraísse.

A perda do moral e da confiança é como o bom Eduardo Baptista encontrou esse time. Natural que use as linhas de quatro, embora eu não goste. Tomara que dê certo mas permitir ao Grêmio liberdade para a saída de bola pode não funcionar.

Noves fora o gosto de estilo de jogo, ah, como seria boa uma classificação em Porto Alegre. Devolveria o ânimo e até a confiança para continuar rumo aos 48 pontos no Brasileirão para nos mantermos na Série A. E por que não? (risos).

O 1 a 1 bastará para encher nosso coração de alegria, nos devolvendo o orgulho, arranhado pela ignorância dos gestores de futebol do clube que nos enterrou sob escombros de derrotas seguidas. VENHA, CLASSIFICAÇÃO!

Abraços fraternos.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @CrysBrunoFlu

Imagem: Rodrigo Paradella – UOL