Existe uma grande vantagem de não ser subordinado a nenhuma liderança de corrente política do Fluminense e nem ter vantagens de qualquer natureza para apoiar o que acontece de positivo ou criticar o que entendo que precisa ser corrigido. E o que venho observando na sequência de partidas do time desde as últimas rodadas do Carioca é uma mistura de ambas as situações.
Há algumas semanas havia lido com preocupação uma notícia sobre a saída do clube de um profissional da área da preparação física. Não é de hoje que vemos um fluxo constante de profissionais do nosso CT, muitos deles hoje estão ajudando outros clubes com o que aprenderam e desenvolveram no Fluminense.
O que me surpreendeu positivamente foi observar que, diferentemente do que eu esperava, o condicionamento físico da equipe claramente melhorou. Estamos conseguindo jogar com muito mais intensidade e isto tem sido muito importante para a sequência de resultados positivos, mesmo que alcançados contra equipes de menor porte.
O que ainda precisa ser melhorado no clube é, como sempre, o aproveitamento adequado dos jogadores da nossa base. Trazendo como exemplo a lista dos jogadores utilizados na partida contra o Caxias do Sul, Isaque chegou a ser relacionado mas não chegou a ser levado para o banco enquanto Riquelme ficou os 90 minutos observando praticamente todos os reservas entrarem sem ser aproveitado.
O que acontece com Riquelme Felipe que até algumas rodadas atrás era titular do Fluminense e atualmente perde espaço até para Paulo Baya? Li em algum lugar que Mano Menezes estaria dando uma lição de moral nele, que estaria se achando a última bolacha do pacote. Não sei se essa notícia se confirma, mas mais uma vez temos o roteiro de uma história que estamos muito cansados de observar.
Quem reconhece o filme? Jogador talentoso e promissor faz excelentes partidas na equipe profissional e de repente é sacado. Começam a vazar informações sobre mal comportamento, que o jogador estaria insatisfeito com a diretoria e a comissão técnica e, surpreendentemente, ele acaba sendo vendido.
É preciso corrigir a rota na transição dos jogadores da nossa base para o time profissional. Não adianta termos, em tese, uma das melhores bases do Brasil e termos tão pouco aproveitamento de jogadores no time profissional. Ou os objetivos na verdade seriam outros?