Escrevo esta coluna, enquanto assisto à final da Libertadores entre Palmeiras e Santos. Um jogo horroroso, por sinal. A cada final, a cada ano que passa, é inevitável lembrar: e o Fluminense?
O Fluminense se acostumou, de oito anos para cá, a marcar passo, fazendo seu torcedor sofrer reiteradamente ao brigar para não ser rebaixado no campeonato brasileiro.
Outras – e melhores – emoções foram esparsas, nada que sinalizasse um time que pudesse dar alegrias de campeão ao seu torcedor. Não vou aqui entrar no mérito do que foi feito de errado durante esse período.
A questão é que nada foi aprendido. De que servem os erros, senão para que se aprenda com eles?
Ora, o Fluminense depende só de si para conseguir a almejada vaga para a Libertadores, mas, e se consegui-la, o que de concreto está fazendo para disputá-la em alto nível?
É bom lembrar que não temos um técnico de futebol, o que já devia ter sido pensado como preparação para uma eventual conquista da vaga. Nesse ponto, justiça se faça ao legado deixado por Odair, que nos abasteceu de pontos suficientes nessa empreitada.
Dependêssemos apenas de nosso não-treinador, teríamos no currículo pontos importantíssimos perdidos para equipes mais fracas, uma derrota histórica – e acachapante – para o Corinthians e vitórias obrigatórias – poucas – sobre times nas últimas posições na tabela.
Mas, de Marcão já falei muito. O que incomoda e preocupa é a inércia da gestão Tricolor, à porta de uma vaga na Libertadores, em pensar num técnico de futebol, alguém que, com conhecimento e experiência, possa planejar e executar esse projeto Flu-Libertadores.
Ou se pensa em efetivar Marcão? Sinceramente, prefiro não acreditar nessa hipótese. A demora na escolha de um nome, por si só, já é desídia suficiente, é tempo perdido, é amadorismo e incompetência.
O Fluminense precisa de vencer o Goiás. De qualquer jeito. Joga em casa e contra uma equipe na zona de rebaixamento (outra). De Marcão nada espero, mas dos jogadores, que se empenhem e lutem até ao fim pela vitória.
Palmeiras e Santos melhorou um pouquinho, na parte final. Mas eu queria estar vendo o meu Fluminense em campo, com um técnico de verdade à beira dele.