Julho chegou e, com ele, a volta do campeonato brasileiro no próximo fim de semana – esgarçado pelo estranho calendário – a única razão de se parar o futebol na Copa das Confederações é dar a ela a prioridade de audiência que não teria, caso o campeonato continuasse – mais à frente; os times correrão loucamente por todo o continente Brasil para compensarem o tempo perdido, cinco partidas em quinze dias e por aí afora.
O nosso Fluminense estará de volta – finalmente! -, já sem alguns nomes – é o que se imagina – mas ainda assim forte o suficiente para se recompor e brigar pelo título. E começa logo com um clássico, contra o Botafogo, um ponto à nossa frente e no G4 também.
Estranho mesmo é entender a complicada articulação intelectual da organização do campeonato.
O Clássico Vovô foi marcado para domingo, 07 de julho, confirmado na Arena Pernambuco. Na véspera, o mesmo gramado receberá Náutico x Ponte Preta. Ou seja, dois jogos em 24 horas.
Os dois times cariocas se enfrentarão a mais de dois mil quilômetros de distância de seus habitats naturais.
Ao mesmo tempo, dois dos estádios padrão dona Fifa estarão simplesmente fechados: o Mineirão e o Maracanã.
Nem entro nos méritos políticos e nas tenebrosas transações que envolvem o cenário de uso dos estádios – sigo meu amigo Antonio Leal: nada de arenas!
Alguém vai dizer que em 1995 houve vários jogos do campeonato brasileiro fora das cidades dos times e é verdade. Mas havia uma razão clara: o futebol ainda não tinha a forte injeção financeira atual, havia muita grana pra bancar os jogos fora de casa, havia outro cenário.
Mas isso não parece estranho? Aliás, muito estranho. O Botafogo exerceu seu mando de campo, ok, mas isso realmente faz sentido para o próprio time alvinegro?
Por outro lado, há uma resistência clara em se abrir o Maracanã como se ele fosse – sim, é! – o biscoito fino da mesa. Bom, mas não é para ser usado? O que está por detrás destas cortinas? Torcedores, jogadores, imprensa, todos no Rio de Janeiro ávidos para utilizar a casa do futebol do mundo desde 1950 e pálidos sinais. Talvez neste mesmo julho, talvez. Melhor dizendo, Flu e Vasco, dia 21.
Inaceitável já era que a Cidade Maravilhosa ficasse em 2013 sem um estádio de porte à altura dos nossos grandes clubes. Clássico do Rio é para ter 40, 50, 60 mil torcedores e não 7 ou 8 mil como o que se viu no campeonato estadual – Volta Redonda foi muito importante, mas é preciso mais. O Engenhão fechado até agora, autoridades em silêncio, o Maracanã pronto e não utilizado logo. Que diabos é isso?
Temos um longo caminho à frente. Ficar no grupo de cima da tabela é essencial para quem pretende brigar pelo pentacampeonato. Mas temos também um olho no peixe a se fritar, outro no gato: a concretização do CT do Fluminense é o primeiro passo para que se possa pensar no velho sonho do nosso próprio estádio – que não vai resolver problemas de clássicos, mas libertará o tricolor de podres poderes que ainda reinam com toda força no mundo do futebol.
Dei a volta no mundo para chegar até aqui.
No fim das contas, o que importa é que o Fluminense faz uma falta danada em campo. Oxalá semana que vem tenha uma velocidade enorme.
Mesa de bar depois da partida, chope dourado da felicidade, alegrias eternas e tristezas efêmeras – eis a receita apaixonante do futebol: a dor dura pouco, a paixão e a vitória são para sempre. E a segunda-feira com as conversas de como foi o jogo? E a gozação contra os rivais?
Tudo coisas que a saudade rascunha e estampa, do jeito que a minha vizinha mais linda do mundo soube como ninguém explicar por aqui sábado passado.
Paulo-Roberto Andel
Panorama Tricolor
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