Enfim, semana passada tivemos o primeiro bom sinal em campo do Fluminense esse ano, na goleada por 5 a 0 em cima do Salgueiro de Pernambuco.
Mesmo o adversário sendo fraco, vários desse nível já tinham sido encarados esse ano com dificuldade maior e, mais importante: alguns jogadores começaram a dar resposta em campo, principalmente o Sornoza. Não precisa – nem conseguiria – render o que jogou quarta passada sempre, mas se na média fizer metade disso ao longo do Brasileiro, teremos boa parte do caminho andado para uma temporada tranquila.
Não podemos esquecer o poder estabilizador de salários em dia, só estar lá quem realmente quer ficar e uma semana livre pro Abel trabalhar, mais respaldado agora com Paulo Autuori cuidando de coisas que ele tinha de fazer ano passado
Do meio pra frente se evoluiu muito taticamente e a Taça Rio servirá principalmente para isso, fixar o esquema e jogadores ainda por entrar como o Ayrton (ex-Botafogo). Na frente da área por sinal o time está pronto, com boas opções no banco pra não haver sufoco em escalação e ter como mudar durante a partida – está faltando isso especialmente nas posições de meias de armação e centroavante. No primeiro caso um reserva, no segundo alguém pra ser titular, mas sem loucuras nem correria, e aí dá pra fazer sim um time digno pro Brasileiro.
Me parece um bom sinal negociar com o Botafogo o uso do Engenhão. O estádio pode ser gerido por eles, mas o bicampeão brasileiro lá é o Flu. Valores que permitam mandar jogos com 10 mil pagantes no 0 a 0 financeiro já fariam o clube não pagar pra jogar ao longo do ano, e planejar uma alternância de acordo com o porte da partida também com Maracanã e Edson Passos. Se o time embalar , alguma recuperação no sócio futebol virá, e ela será necessária para voos mais altos ano que vem .
A solução definitiva nesse caso não é essa, e não requer um estádio na Barra com capacidade muito maior que o nosso publico médio e caro pra fazer e manter, muito menos ‘ter’ o Maracanã. Depende de uma solução politica improvável e equivaleria a um craque no elenco. Pode fazer a diferença, mas custaria caro, e . potencialmente desequilibraria o clube, a não ser que fosse muito bem trabalhado no seu marketing e/ou o time tricolor voasse.
A solução é a volta das Laranjeiras. É pequeno, mas é nosso, e já se tem o projeto de reforma dele avançando, com futuros 15 mil lugares e custos baixos. Será nosso verdadeiro caldeirão para 80% das partidas e vai permitir ao clube fazer caixa com bilheteria, algo que não ocorre há muito tempo pois, sem estádio próprio e aluguéis caros ao redor, só em excelente fase conseguiríamos isso. Nosso futuro pode ser melhor; temos é de cobrar, com seriedade e sem bordões, as medidas corretas para isso.
Panorama Tricolor
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#JuntosPeloFlu
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