Tricolores de sangue grená, como o Fluminense só jogará pela Copa do Brasil em julho, na qual enfrenta o Ypiranga-RS, o mês de junho será completamente focado no Campeonato Brasileiro. Hoje, o Fluminense ocupa a sétima colocação, com 7 pontos em 4 rodadas, devido ao péssimo saldo. Perdemos um caminhão de gols neste último jogo (e no primeiro jogo contra o América-MG também), e essas falhas já começaram a pesar, pois poderíamos estar no G4. Todavia, ainda falta muita água para passar embaixo da ponte, e um aproveitamento de pouco mais de 50% nesse início não é ruim.
A tabela nos reserva os seguintes jogos: Atlético-MG (fora), Chapecoense (fora), Grêmio (casa), Corinthians (casa), Sport (fora), Santos (casa), Flamengo (fora) e São Paulo (fora). Todas estas partidas acontecerão no mês de junho. Oito jogos em 30 dias. É coisa pra caramba. Mas vale lembrar que todos terão que jogar o mesmo número de vezes, então não é algo exclusivo ao Fluminense. Cabe à diretoria se preparar adequadamente à maratona que virá.
O Galo está vivendo um período irregular, talvez o mais irregular desde que a fase vitoriosa (que culminou com a Libertadores e a Copa do Brasil deles) começou. Se há um momento para reafirmarmos a antiga freguesia deles, seria agora. Porém, jogar no Independência contra eles é osso, e o time não é uma baba. Só acredito numa possível vitória porque o Levir conhece o elenco deles como poucos, mas acho o empate mais provável.
Depois, temos a Chapecoense, time que nunca vencemos na história. São quatro confrontos, e perdemos todos. Chega a ser bizarra essa estatística. Eu penso que esse jogo, apesar de ser fora de casa, precisa ser encarado como final de campeonato. Temos que dar um basta nesse negócio de perder pra eles. Uma vitória na Arena Condá, onde eles dificilmente perdem, daria muita moral para a dura sequência contra grandes que teremos e também nos garantirá pontinhos valiosos para dar uma respirada em caso de tropeço à frente. Empate nesse jogo, na minha opinião, será tropeço.
O jogo contra o Grêmio é daqueles que ninguém espera vitória de cara. Torcemos por ela, mas sabemos ser difícil. Eles raramente perdem em casa, mas, nesse caso, nós jogaremos em casa. E aí, as coisas mudam de figura. Eles sabem que nós vamos para cima, e não poderão investir de uma vez com seu poderio ofensivo porque sabem que temos um bom contra-ataque. Hoje o Grêmio vem bem, é o líder do campeonato, mas não podemos exigir menos que a vitória. Empate é tropeço, mas não um desastre.
Aqui entra minha crítica à diretoria: enfrentaremos o Corinthians em Brasília, aparentemente. A se confirmar isso, passaremos a ter que considerar o empate um resultado razoável, porque o Mané Garrincha jamais será a nossa casa, e o Corinthians ainda tem um bom time. Esta será uma das partidas mais difíceis no primeiro turno, e acho difícil uma vitória aqui. Se não perdermos, acredito no empate mesmo. Vitória será uma agradável surpresa.
Enfrentar o Sport fora sempre é complicado, pois a Ilha do Retiro vira mesmo um alçapão. Porém, o Sport atualmente é o lanterna, está fragilizado e temos a obrigação, diante desse cenário, de vencer. Na sequência pegamos o Santos, que ainda não engrenou no campeonato. Vamos jogar em casa, e não espero menos que vitória também. Seis pontos nesses dois jogos são obrigação se queremos sonhar com algo grandioso.
As duas últimas partidas do mês são contra Flamengo (no Mané Garrincha) e São Paulo (no Morumbi). O Flamengo parece estar se recuperando, mas ainda não inspira confiança. Como jogará em Brasília, qualquer coisa pode acontecer. Por ser um clássico em um estádio frio, acredito no empate, embora saibamos que ganhar Fla x Flu é normal. O São Paulo é o destaque do ano no momento, único brasileiro na Libertadores e jogando um futebol vistoso. Talvez haja uma preocupação em poupar atletas para o jogo contra o Atlético Nacional, que ocorrerá uma semana após a partida contra o Flu, mas acho pouco provável. Jogo difícil. Apesar de serem fregueses também, creio mais no empate.
É claro que podemos perder algum desses jogos, pois nosso time ainda precisa de reforços (não sei se os contratados bastarão) e encaixe. Acho que eventualmente o Levir encontrará a melhor formação para os dois tipos de jogos que enfrentamos: os que precisamos desesperadamente ganhar e os que precisamos pensar primeiro em não perder. No mundo ideal, entraríamos para ganhar todos os jogos, mas esse elenco que temos não nos permite isso. Que consigamos 18 pontos nessas oito partidas, mantendo uma média superior a dois pontos por partida. Média de campeão.
Panorama Tricolor
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