O Fluminense joga logo mais contra o Goiás, dando o pontapé inicial em mais um campeonato brasileiro, competição da qual foi o vencedor por quatro vezes. Faz tempo, no entanto, quase sete anos, que não levanta a sua taça, submetido que foi a sucessivas e caóticas gestões.
Com a corda no pescoço, o presidente Abad ousou investir, ainda que timidamente, no futebol e teve alguma sorte ao apostar em jogadores – tidos como de terceira linha – que caíram como uma luva no time Tricolor, como Matheus Ferraz e Everaldo, além, é claro, de ter trazido Fernando Diniz, cujos métodos inovadores tiraram o Fluminense da mesmice.
Mas ainda é preciso mais para que o Tricolor possa dar à sua torcida algum alento quanto à possibilidade de alcançar uma vaga na Libertadores, objetivo máximo, penso eu, dessa equipe no campeonato, sobretudo se a quantidade de vagas aumentar até o seu fim.
É preciso equilíbrio, algo que pouco se viu até aqui. Fizemos boas partidas e outras bem abaixo da crítica, como a última, contra o fraco Santa Cruz, que quase nos rendeu uma dolorosa desclassificação na Copa do Brasil.
Além disso, nos clássicos, o aproveitamento foi ruim, como tem sido, aliás, nos últimos anos ou décadas.
Diniz, ao que parece, já deixou de ser tão incisivo ou insistente em manter aquele seu esquema tradicional, de toques de bola sem chutões, aplicando-o, nas últimas partidas, caso a caso, a depender do adversário e das circunstâncias do jogo. Realmente, o Flu tinha a posse de bola, mas era pouco produtivo na frente, especialmente em razão da falta de um meia com qualidade na criação.
O tal meia, na teoria, seria Ganso, contratado fora do teto financeiro dos demais jogadores, mas até agora não serviu ao esquema de Diniz como se imaginava.
Ainda capenga no meio, portanto, o Flu não pode abrir mão de procurar outro nome para o setor. Aliás, a indefinição também marca o elenco Tricolor, que pode receber novos contratados, e espera-se que sejam úteis ao time, como pode perder outros. Everaldo corre o risco de sair, Ezequiel e Matheus Gonçalves já foram.
Ajustando o que tiver em mãos, contudo, Diniz pode dar ao time no mínimo competitividade, gana, vontade de vestir a camisa Tricolor e vencer. É típico dele. Aliando-se a isso a sua inteligência, o sonho de uma vaga na Libertadores, como disse acima, talvez não seja uma utopia.
Pelo menos, as primeiras impressões dessa equipe não sugerem uma briga lá embaixo para não cair, a menos, é claro, que nossos gestores criem situações adversas para tanto, como atrasos de salários, por exemplo.
Ainda é cedo para dizer mais. O que fica é a esperança de que o Flu seja aquele time que derrotou o Flamengo e não o que perdeu para o Santa Cruz. Se ficar no meio termo, não cai. Se for aquele que derrotou o rubro-negro, podemos sonhar mais alto, mas se for o do Arruda, aí teremos justos motivos para rezar.
O TRICOLOR – informação relevante.
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