Amigos, amigas, como tivemos um clássico típico do Flamengão, em que o Fluminense jogou fora a oportunidade de garantir, de forma antecipada, o primeiro lugar em seu grupo e o direito de jogar pelo empate a semifinal da Taça Rio, vou preferir falar do principal assunto do momento.
As amigas e os amigos devem se lembrar da minha pregação, seja aqui no Panorama, seja, muito antes, no O Tricolor.com, acerca da solução para o enfrentamento da asfixiante dívida de curto prazo do Fluminense. Para refrescar vossas memórias, defendi, primeiro, a criação de um fundo de investimento para torcedores. Só que o passivo de curto prazo se revelou muito maior do que se imaginava.
Desde então, tenho defendido que o clube tome um empréstimo vultoso, na casa dos 150 a 200 milhões de reais, atrelando o pagamento, no longo prazo, às receitas decorrentes da transferência de atletas. Ao vincular o pagamento às transferências, o Fluminense, ao mesmo tempo que alivia de forma colossal o fluxo de caixa no presente, não o compromete no futuro.
O alívio no fluxo de caixa, abrindo o caminho, ao mesmo tempo, para obtermos superávit, põe fim ao pior flagelo dos últimos dois anos, que é a necessidade de desfazer os times durante a temporada, vendendo atletas a preços graciosos, para tapar o buraco no orçamento.
A minha visão é de que, a se concretizar o que parece em curso, o Fluminense pode protagonizar uma grande virada em 2019. Não precisaríamos vender mais ninguém esse ano e ainda poderíamos nos aventurar em mais uma ou duas contratações de certo impacto para dar mais consistência ao elenco. Como consequência, nos tornaríamos candidatos a todos os títulos que disputarmos.
Do ponto de vista econômico, o Fluminense poderia elevar seu patamar, se tornando atraente a patrocinadores, impulsionando os programas de sócio e a bilheteria.
O que se tem é que o Fluminense tomaria pouco mais de R$ 200 milhões a um fundo de investimento. Esse valor seria parcelado no longo prazo, com pagamentos semestrais. Eu acredito que esses pagamentos incidiriam somente sobre os juros e o principal da dívida seria abatido sempre que o Fluminense vendesse um atleta. A notícia que circula é que o fundo receberia 50% do que o clube teria direito em futuras vendas.
Independente dos detalhes, o formato é muito parecido com aquilo que eu venho pregando. O meu único medo é que na última vez que alguém colocou em prática uma ideia que eu defendia, nós acabamos mandando o Marlon para o Barcelona a preço de pastel com caldo de cana (deu água na boca!).
No caso presente, não preocupa a gestão Abad, que já se mostrou comprometida com o equilíbrio orçamentário. O que me preocupa é o que virá depois. A saber, algum aventureiro que se meta a elevar as despesas sem contrapartida em receitas novas, voltando a tornar o Fluminense visceralmente dependente da venda de atletas, tornando-as verbas orçamentárias e não oportunidades de geração de investimento ou abatimento da dívida.
Como a gente tem que viver um dia de cada vez, vamos torcer que as coisas aconteçam e que as decisões tomadas nesse início de ano se encontrem para empurrar o Fluminense para o pentacampeonato brasileiro, o título da Libertadores e o bi Mundial.
Afinal de contas, temos o Diniz, temos um elenco bem mais poderoso do que parece, embora precise melhorar, e temos Pedro voltando nas vésperas do Campeonato Brasileiro, cujo título deve ser nossa obsessão.
O problema é que no jogo de hoje foi um tal de neguinho das umas engrossadas, que acabou sendo essa uma atuação cheia de altos e baixos. O Fluminense não deixou de mostrar sua superioridade sobre o Botafogo, mas cedeu o empate em um gol de pelada de fim de semana, ainda que bonito. Depois, como o Botafogo parecesse satisfeito em ganhar um pontinho, que eu não sei para que lhes serviu, o Fluminense especulou espaços e até criou algumas poucas oportunidades, mas, visivelmente, passou o segundo tempo pensando na viagem ao Chile.
Verdade seja dita, até o meu pensamento já estava no Chile. É evidente que não vamos ter como administrar três competições simultâneas e precisaremos fazer escolhas mais à frente. Por enquanto, não obstante, é bom a gente ir faturando uns milhõezinhos e deixando que os caminhos vão se delineando e tratem, eles próprios de decidir por nós.
Saudações Tricolores!
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
#credibilidade
#credibilidade
Fala Marcelo!! Já estava com saudade dos seus comentários. Que bom reencontrar contigo aqui no Panorama. Concordo que a solução para a situaçção asfixiante do Fluminense seja este fundo de investimento internacional. Teríamos um grupo interessado em colocar nossaos atletas em clubes de expressão depois que eles mostrassem seu valor com a camisa do tricolor.
Agora, o que eu discordo frontalmente é da sua proteção a Abad. Se este pústula estivesse mesmo comprometido com o equilíbrio…