Estamos a três partidas do fim do Campeonato Brasileiro e, por conseguinte, da temporada 2024 mas não sabemos ainda o que será do Fluminense em 2025. Precisamos de pelo menos cinco pontos nos nove ainda disponíveis para nos garantirmos na primeira divisão, o que significa termos uma vitória e dois empates ou duas vitórias.
Gostaria de estar mais confiante de que tudo dará certo ao final, mas juntando as péssimas atuações do time com informações do clima interno do elenco, temo que o pior possa acontecer. Há informações de que o elenco está rachado entre as lideranças de Thiago Silva e Felipe Melo e que o se ressente da falta de presença da diretoria no dia-a-dia do CT Carlos Castilho.
Sem a intenção de focar especificamente em qualquer jogador, percebi principalmente no segundo tempo da última partida contra o Criciúma uma enorme apatia do time do Fluminense. Na jogada em que o Criciúma quase desempata a partida com uma defesa incrível do goleiro Fábio e uma sequência de duas bolas na trave, foi possível observar cerca de quatro jogadores nossos apenas assistindo a jogada. Em outros lances era nítido que o time do Criciúma estava mais empenhado que o nosso.
É possível que estes comportamentos sejam resultado do racha no elenco, mas as escalações e as substituições do técnico Mano Menezes certamente também têm influência. Precisávamos vencer de qualquer forma o Criciúma e nosso técnico escala um meio campo com um meia e dois volantes. Foi quase um déjà-vu da era Diniz e seu insistente 4-3-3 e ainda mais com a entrada do ex-jogador Renato Augusto, que acabou com a criação do nosso meio campo, pois se posicionou muito à frente como um falso camisa 9.
Mano tem o mérito de ter conseguido reviver o time depois da demoradíssima demissão de Fernando Diniz, mas vem incorrendo nos mesmos vícios e esquemas que reinam no Fluminense. A base é deixada de lado e são priorizados os jogadores contratados e até mesmo veteranos em fim de carreira jogam em detrimento das nossas promessas. Eu infelizmente criei a expectativa de que Mano fosse ter independência para tomar as decisões sobre o elenco, mas está claro que ele apenas aderiu ao nefasto esquema que reina no clube.
O maior responsável pelo vexame que estamos passando na temporada é o presidente Pavão, que não apenas acumula diversos cargos no clube, mas que o administra como se fosse seu dono. Torrou toda fortuna arrecadada nas premiações da Libertadores e do Campeonato Mundial com salários exorbitantes para jogadores veteranos e com contratações de jogadores inúteis, tentando se safar com um balanço mequetrefe. Ainda para piorar está conduzindo a construção da SAF sem qualquer transparência e como um projeto pessoal de permanecer comandando o clube depois de encerrado seu mandato.
Se tivesse um pingo de respeito próprio e alguma consideração pela instituição Fluminense Football Club o presidente deveria renunciar e chamar novas eleições. Há precedente e seria o melhor para o clube.
Assinem a petição que exige transparência na discussão da SAF. Precisamos não apenas saber mais sobre o que acontece mas exigimos participar das discussões.