Nada como duas vitórias seguidas para dar um salto na tabela. Ao bater o Santa Cruz por 1 a 0, em Recife (repetindo o que fizera na semana anterior com o América-MG, também com gol de Henrique Dourado) o Fluminense deu mostras de que pensa grande neste Campeonato Brasileiro. Antes visto só como uma miragem distante, o grupo dos primeiros colocados tornou-se algo altamente palpável para as ambições tricolores.
A rodada foi quase perfeita. Caso a Ponte Preta não tivesse obtido um surpreendente empate com o líder Palmeiras em pleno Allianz Parque, o Fluminense a teria terminado não na oitava, mas na sétima colocação – a Macaca soma igualmente 31 pontos, mas possui uma vitória a mais que o time das Laranjeiras.
Para que manter o alto nível de ambição, era essencial bater os dois últimos colocados na tabela do Brasileirão. Feito isso, voltamos nossa atenção para o duelo com o líder Palmeiras, domingo, em Brasília. Caso superemos também este obstáculo (ah se não tivéssemos vendido o mando de campo e encarássemos o Porco em Edson Passos…), digo sem medo de errar que seremos uma das sensações do returno.
Já ia me esquecendo: temos um jogo a menos que a maioria das equipes. O duelo com o Figueirense, dia 3 de setembro – esse sim será disputado em Edson Passos – teremos mais uma vez obrigação de vencer. Uma vitória nos colocará, definitivamente, como postulantes reais a uma vaga na Libertadores do ano que vem.
E como emoção pouca é bobagem, há o duelo com o Corinthians pela Copa do Brasil. O melhor de tudo é saber que justamente no momento que as competições entram em suas fases decisivas, o time do Fluminense começa a nos dar mostras de que podemos sonhar.
Levir Culpi agora dispõe de várias opções para armar a equipe e o tem feito com competência. Levir é o grande nome deste grupo sem astros, sem “jogador-referência”, mas que devolveu à torcida tricolor uma coisa que andava em falta: a essência das três cores. Temos a defesa menos vazada, somos o time que vence de pouco, que come pelas beiradas. O que ganha Fla-Flu. O que não se rende jamais. Esse é o Fluminense que aprendemos a amar. Que venha o líder!
Panorama Tricolor
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