Somente o maravilhoso futebol nos permite ter emoções como as vividas na noite de terça-feira passada pela torcida do Fluminense.
Isso, depois de uma semana de derrotas que levaram o ânimo dessa mesma torcida a níveis rasteiros.
O inclemente calendário do futebol brasileiro não permite tempo de luto e nem de extensa alegria.
A cada 72 horas um novo adversário se apresenta em uma nova competição, patrocinada por uma diferente entidade e ai dos jogadores, técnicos, dirigentes que não alimentem a massa torcedora com vitórias.
Mas na épica terça em Buenos Aires, o Fluminense superou suas limitações.
Roger Machado, que considero um bom técnico, teve a humildade de reconhecer o que estava errado e coragem de mudar.
Reposicionou o time em campo de forma compacta e mais adiantada, de forma a suprir a deficiência na pressão da saída de bola adversária. Aproximou os meias dos atacantes, trouxe alívio a Martinelli e Yago que não correram atrás dos adversários, recolocou Nenê no jogo, mostrou que um jogador como Caio Paulista pode ser útil com todas as suas limitações e que, mesmo tendo um material humano mediano, pode ser competitivo em todas as competições que tem pela frente.
Não dá para falar desse jogo no Monumental sem citar dois jogadores que fizeram jus ao nome do estádio, NINO e FRED, em caixa alta mesmo.
A competição agora muda, é outra. Passa a ser mata a mata e tudo pode acontecer.
Agora vem a pausa na Libertadores. Neste sábado já tem Brasileiro, depois Copa do Brasil.
Roger terá que usar essa pausa a favor de montar seu time e suas estratégias.
Ter sabedoria para utilizar seus jogadores e nisso incluo até o Ganso.
Buscar saber dele se quer realmente jogar, mesmo com suas limitações físicas, ou viver de um passado cada vez mais distante.
Aproveitemos a alegria da vitória, pelo menos até sábado.