Zagueiro vitorioso e treinador idem. Abel ganhou tudo o que podia. Respeitou e respeita todas as camisas que defende.
Mas uma é especial. Porque lhe fala ao coração.
O amor.
Um tricolorzaço.
Chorava nas derrotas do Flu. Não aceitava. Era o maior dos torcedores dentro do gramado.
Um dia saiu e levou muitos anos para voltar. Quem espera sempre alcança.
Foi campeão carioca de 2005, quase nos colocou na Libertadores de novo. Voou novamente.
O número 7, cabalístico por natureza, fez as honras de 2012. Lá estava o Flu campeão carioca e brasileiro no mesmo ano. Lá estava o velho torcedor à beira do gramado e chorando por mais uma conquista em que tanto ajudou.
Aconteceu um outro voo. No futebol, a vida é assim. Mas uma coisa é certa: o habitat natural de Abel é em Álvaro Chaves.
Ali ele se fez homem, como declarou certa vez. Mais do que isso: ajudou a crianças do passado e presente recente a gritar pelas conquistas mais do que nunca, mantendo uma tradição secular de glórias do Tricolor.
Abel, obrigado por tudo. Por ter empenhado seu trabalho em nossas conquistas, pela história e por ser mais um dos nossos nas arquibancadas da vida. Vela de sete mil dias.
Feliz aniversário.
@pauloandel
Imagem: FFC