Para o menino Fluminense (por Claudia Mendes)

Oscar Cox fundou o Fluminense em 21 de julho em 1902. Só que o clube continua sendo descoberto e redescoberto a cada dia. Num dos meus momentos de devaneios, imagino essa paixão centenária como sendo uma criança.

Com uma ingenuidade genuína, porém, astuto e sagaz, desde cedo demonstrando inteligência. Uma beleza de arrebatar corações desde pequenininho. Um menino falante, daqueles que param nas ruas para conversar.

Fluminense adora pessoas de todos os tipos, sem distinção, fala idiomas, joga futebol como poucos e se orgulha disso. Com o tempo, Fluminense foi crescendo, ganhando o mundo. Se transformou num menino forte, alto, honesto, destemido. Desses que planejam o futuro, quer sempre o melhor, semeia a paz.

Sua família é numerosa. Sempre que se reúne gosta de cantar cânticos de amor e exaltação à sua existência. É festeiro nas disputas esportivas, quase imbatível. Não é o mais popular na escola, mas é o que todos querem por perto. Um amigo fiel e correto. O garoto é formidável.

Veio a adolescência e como Fluminense é inteligente, alguns fingem gostar dele para tirar vantagens, porque virou referência de integridade. Ele já conhece alguns lugares do mundo, gente de todo o planeta. Até o papa João de Deus virou seu amigo, assim como estrelas do futebol mundial, que se transformaram em ídolos.

Fluminense é motivo de orgulho pelos seus. Nunca será um qualquer por toda sua grandeza. Ele e sua turma se vestem de verde, branco e grená, suas cores preferidas. Fluminense cresce e se nega a ser igual à mesmice que tem por aí. Não admite que ninguém tire proveito em seu nome, fingindo amizade e bem-querer.

Fluminense tem garra, é um predestinado ao sucesso. Nasceu para ser grandioso e incomparável. Como todo mundo, tem seus momentos confusos, fica doente, mas logo se levanta e volta a ser o cara de espírito guerreiro.

Menino Fluminense, você é a minha inspiração, meus devaneios, ninguém vai te fazer mal. Você é muito maior do que todos.