Quem me lê aqui no Panorama não tem motivo para saber muito sobre mim, além de torcer pelo Fluminense, é claro. Mas quem me conhece pessoalmente, sabe que sou um leitor inveterado de quadrinhos. Uma paixão que começou com a Turma da Mônica e acabou passando para os super-heróis. Cresci, mas mantive o “vício”. Talvez seja parte da minha alma, já que tanto dizem que devemos mantê-la jovem.
Mas enfim, dito isso, existe um hábito entre as editoras de super-heróis de soltar revistas especiais que contam o início das aventuras de tais personagens. Batman – Ano Um e Superman – Ano Um são exemplos disso. São as primeiras aventuras, quando o caráter ainda está sendo moldado, quando as táticas ainda estão sendo boladas, quando os equipamentos ainda estão em construção e os poderes ainda sendo descobertos.
Pois bem, hoje fazemos um ano de Panorama Tricolor e temos sim muita história para contar. Não falta aventura e, acreditem, nem arqui-inimigo. Até nossa origem é trágica, uma vez que fomos traídos e expulsos da nossa primeira casa, nosso primeiro quartel-general. Seguindo nessa comparação nosso Professor Xavier, é, na verdade, o Professor Andel, que usou seu conhecimento para buscar diversos talentos latentes ou não completamente desenvolvidos na torcida tricolor.
E a equipe passou a se conhecer melhor, a trabalhar unida e entrosada. Temos o mais eloquente, o mais comedido, o “deixa-disso”, o humorista… Cada um com sua habilidade, mas todos em prol do Fluminense. Um conjunto que não fica devendo para Liga da Justiça alguma.
Deixando as histórias em quadrinhos de lado, no dia 15 de julho de 2012, graças ao esforço inicial do Paulo-Roberto Andel e do nosso bacalhau invasor, Zeh Augusto Catalano, iam ao ar nossas duas primeiras publicações: “Nós estamos bem” e “O começo”. A primeira apenas para tranquilizar nossos leitores e dizer a vida seguiria, utilizando a genial letra dos Titãs. A segunda como uma pequena explicação dos novos trabalhos.
Meu primeiro texto veio no dia seguinte. Não sei se vocês se lembram de quando, graças a uma infeliz brincadeira, a Rede Globo sugeriu que não havia ídolos tricolores e que nosso ícone era o presidente de nossa patrocinadora, o Dr. Celso Barros. Obviamente, resposta para isso não faltou. Entre os exemplos que lembrei, gostaria até de trazer um trecho de lá:
Mesmo quem não viveu na época do Castilho, assim como eu, já ouviu sua história. Em 1957, após contundir seu dedinho esquerdo várias vezes, o goleiro teria que realizar um tratamento de dois meses para ficar bom. Pensou um pouco e perguntou ao médico: -”E se eu cortar o dedo?” – O resultado disso foi que apenas duas semanas depois, Castilho já estava defendendo novamente o gol tricolor, com a mesma competência.
Por que lembrar o passado? Porque é sempre bom ver e revisitar qual foi a base que nos tornou o que somos hoje. O que nos guiou? O que nos fez fazer o que fazemos hoje. Nos quadrinhos, pode ser uma tragédia familiar, uma aranha radioativa ou uma viagem a outro planeta. Não devemos e nem podemos perder nosso rumo. A nossa luta, o nosso trabalho nos leva e continuará levando ao nosso objetivo. Mas, por favor, não me entendam mal. Nós não queremos ser heróis tricolores. Queremos apenas fazer o bem pelo Flu, dentro das nossas possibilidades.
De qualquer forma eu fico na torcida para que, quem sabe, quando se passarem três anos, algum grande estúdio queira filmar nossa trilogia… hehehehe…
ST!
Rodrigo César, o Rods
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @Rods_C
Longa vida ao Panorama Tricolor.
Hey, Hey
Como estão vocês?
Hey, hey
Nós estamos bem, queremos estar bem
Agora estamos muito bem
Nós estamos bem, podemos estar bem
Agora estamos muito bem
Não é o mundo ideal na cabeça de ninguém
Hey, Hey
Como estão vocês?
Hey, hey
Podemos viver sem, o que a gente não tem
Podemos ficar muito bem
Queremos viver bem e muito mais também
Queremos ficar muito bem
Não é o mundo ideal na cabeça de ninguém
Sono, sede, fome, frio,
Agora não dói mais
Sono, sede, fome, frio
Já ficou pra trás
(Titãs, “Nós estamos bem”, 2003)