Palmeiras e Fluminense no Allianz Parque.
O jogo para, segundo Levir Culpi, ficar fechado e sair em contra-ataques. Pelo menos foi isso que demonstrou quando a escalação foi divulgada. Pierre, Edson e Cícero no meio campo deixaram isso claro.
O primeiro tempo foi pouco movimentado. Os primeiros 15 minutos foram de dar sono. Pouco depois uma chance para Roger Guedes, outra para Fred. A posse de bola era equilibrada, mas as equipes continuavam com pouca técnica e pouca vontade.
Até que, aos 42 minutos, Fred perdeu dois gols incríveis no mesmo lance. Scarpa cruzou, Cícero escorou de cabeça para o Fred, que chutou em cima do Prass. Na rebatida, dentro da pequena área, ele conseguiu finalizar para fora. O primeiro tempo terminou com o 0 a 0, mas dando a impressão de que esse gol perdido faria falta no final do jogo.
O segundo tempo iniciou com o Palmeiras vindo para o campo de ataque. O Fluminense não conseguia manter a posse de bola, o que complicava ainda mais o jogo. E em um cruzamento aos 12 minutos pegou nossa zaga olhando a bola, Vitor Hugo cabeceou no primeiro pau, não dando chances para o Cavalieri e fez o 1 a 0.
Na saída de bola demos mole e eles vieram novamente. Jean foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para a área. Na marca do pênalti vinha o Alecsandro, que chutou forte, fazendo o 2 a 0 no minuto seguinte do primeiro gol sofrido. E o que já estava difícil complicou de vez.
Levir colocou Marcos Júnior e Richarlison nos lugares de Osvaldo e Edson. Tentou equilibrar as ações e ter mais posse de bola no ataque. Melhoramos no jogo, mas faltava mais criação no meio para fazer a bola chegar ao ataque.
Aos 23 minutos, após grande jogada de Richarlison, Scarpa recebeu bola na marca do pênalti e, sem combate, chapou a bola no canto do goleiro. A bola saiu por pouco. Pouco depois ele deu lugar a Magno Alves, na última substituição da equipe.
No final do jogo o Tricolor pressionou, tentando diminuir o placar, mas se expôs e levou alguns contra-ataques. Aos 40 minutos faltou pouco para sofrer o terceiro. Com 45, um lateral cobrado na área, aqueles que poucos clubes no planeta praticam, quase que o Fred conseguiu finalizar, aproveitando uma indefinição do Prass com a defesa. Depois, em uma falta lateral, novamente Fred chutou. Novamente para fora.
E acabou a partida com a impressão de que precisamos algumas coisas para o decorrer do campeonato: reforços, já que o Levir olhava o banco tentando mudar o meio e não via ninguém. Vontade, porque o sono do time era contagiante em alguns momentos do jogo. Postura tática, pois poucos marcavam posição quando o time precisava. E, finalmente, saber que jogam no Fluminense. Parece que alguns ainda não entenderam o tamanho do clube onde trabalham.
Panorama Tricolor
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Imagem: luba