A inveja.
O recalque.
A mesquinharia.
Bastou o Fluminense fazer sua campanha fantástica em 2012 para que estúdios e redações – sob as égides da hipocrisia e da frustração – baixassem a guarda em relação aos impropérios imbecilizados contra o tricolor. Sim, com a espinha atravessada na garganta.
Confirmado o tetracampeonato, nunca se viu tantas gralhas vivas nas redes sociais. O barulho provocado, muito distante da comunicação racional, geralmente advém dos que acreditam realmente ser os maiores do mundo, quando não conseguem sê-lo sequer dentro da própria cidade (onze finais diretas, 8 x 3 Flu).
– Paguem a série B!
– Florminense, time de viados! (onde mostram sua eterna falta de consideração e ingratidão com a digna FlaGay)
– Terceira divisão!
– Agradeçam a Eurico Miranda. (patético em todos os sentidos)
O fraseado acima é bastante carente de análise histórica mais profunda; por outro lado, não tenho a vocação para alfabetizar quem quer que seja. Este pobre colunista não tem a audácia de estabelecer uma dialética com quem é completamente ignorante em história e escrita. Assim sendo, vamos ao que interessa.
Pagar, pagar, pagar.
Não existe tricolor vivo ou morto que coadune com a palhaçada do champagne em 1997, ou que se esqueça da vergonha nacional que foi o Atlético Paranaense entregar seu jogo para o Criciúma, assim como o Flamengo fazer o mesmo contra o Bahia (este, o principal motivo da rejeição de boa parte da torcida tricolor ao nome de Joel Santana), ambos em 1996.
Não existe tricolor vivo ou morto que concorde com os desmandos em 1997 e 1998, mesmo que o rebaixamento à série C tenha sido por conta de um dos regulamentos mais esdrúxulos da história do futebol mundial – alguém conhece algum time no Ocidente que tinha sido rebaixado de qualquer divisão em qualquer campeonato com apenas TRÊS derrotas além do Fluminense? E que não tenha sido o último, o penúltimo, o antepenúltimo, o quarto pior colocado e nem o QUINTO? Pois é, os analfabetos futebolísticos desconhecem a informação.
Nada justifica o que aconteceu. Fomos péssimos, chegamos ao fundo do poço. E voltamos. Basta dizer que, à beira do gramado, quem comandava o Fluminense no momento mais difícil de sua história era simplesmente o tetracampeão mundial Carlos Alberto Parreira, verdadeira bandeira tricolor.
Veio a confusão, o Botafogo ganhar três pontos no tapetão de uma partida que perdeu por SEIS A UM para o São Paulo – e safando-se do rebaixamento -, o caso Sandro Hiroshi, o Gama foi alijado da série A na mão grande e, como também tinha a mão grande de J.R. Arruda, fez o que todo clube deveria fazer quando fosse sacaneado por questões fora dos gramados: acionou a justiça comum. E ganhou.
Copa João Havelange, ideal para tirar o peso de uma virada alvinegra, 116 clubes, a CBF isenta de culpa, a Globo idem, colocam o Fluminense no “grupo dos grandes times”. Poderia ser de outra forma? A campanha da primeira fase seria suficiente para calar os analfabetos futebolísticos. No fundo, queriam que disputássemos em outro módulo justamente para provocações futuras.
E acabou por aí.
Desde então, o Fluminense voltou ao cenário de onde jamais deveria ter saído. E fez a lição de casa sempre: disputou grandes títulos, venceu vários, firmou-se no cenário internacional, nos últimos seis anos é o maior vencedor de competições nacionais no Brasil – e tudo isso lutando contra uma imprensa muitas vezes fascista, sempre alimentada pelas gralhas. E quando fomos novamente ameaçados pelo descenso, o nocauteamos várias vezes sem que ninguém nos entregasse jogos.
Pagar, pagar, pagar…
Vamos falar de pagamento…?
Há uma dívida pendente no mercado há 32 anos: a picaretagem do bicampeonato carioca num mesmo ano, 1979.
Em 1980, outra promissória não cumprida: a final do campeonato brasileiro, com Reinaldo, Chicão e Palhinha expulsos… onze contra oito…
Em 1981, vergonha na Libertadores: vaga no bolso com o meio time do Atlético Mineiro expulso aos 37 minutos do primeiro tempo… invasão premeditada do ladrilheiro em plena final do Carioca, quando o Vasco estava prestes a empatar.
Em 1982, final do Brasileiro, o Grêmio jogava pelo empate, Andrade soca a bola dentro da área e nada acontece.
Vamos a 1986… árbitros de futebol eram “premiados” por seus esforços em campo, o caso conhecido como “Papeletas Amarelas”, com farta divulgação no YouTube a respeito.
É preciso falar de 1987? O papelão em se comemorar um “título no peito e na raça” custou caro: a taça foi para a Ilha do Retiro e o Sport, legítimo campeão brasileiro, jogou a Libertadores de 1988.
Que tal 1991? O Fluminense vencia a final do Carioca, Carlinhos Itaberá foi expulso de forma inacreditável e fajuta, sofremos com um homem a menos na marcação e perdemos o título (tudo bem, foi o terceiro em 81 anos à época…).
Que tal recordarmos 1997? “O Flamengo precisa entender o nosso momento”, dizia Zezinho Mansur, dirigente corinthiano, em partida que era decisiva na luta tricolor contra o rebaixamento em 1997. É claro que a Fiel fez a festa contra um adversário que andava em campo despudoradamente, como já tinha acontecido em 1996 contra o Bahia…
Bem-vindo, século XXI: 2001, o malemolente Palmeiras também andou em campo e permitiu a salvação do rebaixamento na última rodada. Uma “vitória dramática” que o Parque Antarctica amargou em seguida – caiu em 2002.
Em 2004, outra salvação na última rodada contra o Cruzeiro. “Time grande não cai!”, gostam de vociferar com sorrisos sonsos, mas se esquecem de que se safam porque o Brasileiro passou a ter bem mais jogos desde 2003…
Chegamos a 2007. O Botafogo seria campeão com um golaço de Dodô, incrivelmente anulado por impedimento… é, já está bom, paramos por aqui.
– Paguem a série B!
– Paguem a história que vocês assaltaram dos cofres da memória!
A conta acima é impagável.
Uma vez pendente, sempre pendente. Inadimplente, há de ser.
Paulo-Roberto Andel
Panorama Tricolor/ FluNews
@PanoramaTri @pauloandel
Contato: Vitor Franklin
Perfeito!!!
Marcio, além de aprender a escrever, seu analfabeto, vá tomar no meio do olho do cu!
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Esse animal comedor de capim tem que enfiar o recalque na “veia bostérica”, e usar papel higiênico usado pra secar as lágrimas da inveja que vão escorrer daqui pra frente.
EM 2013 TERÁ MUITO MAIS DO FLUMINENSE, SEU IMBECIL BUCÉFALO!!!!
VAI LER O MEIA HORA QUE É O TEU LUGAR!!!
Marcio
marcioamfoz@gmail.com
Desculpe a minha ignorância, mas até hoje não consegui entender a tal dá copa Joao Avelange, parece jogada pra ajudar times pequenos a aparecerem no futebol brasileiro, daí quem foi ajudado fica fazendo barulho por que ganhou um titulo e falando que são tetra, nossa tem outros que tem bem mais e tem a humildade de não ficarem com tanto fuzue, coisa de flor mesmo.
Redação responde: Marcio, desculpamos a sua ignorância pelo seu texto analfabeto.
Obrigado paulo , me sinto feliz por mais de um tricolor defender essa verdade !
PERFEITO! Texto para ser colocado em um moldura e pendurado nas paredes de todos os torcedores que sabem ler. Obviamente, isso exclui a mulambada!
Saudações Vascaínas!
Paulo,
Quanto mais espernearmos diante dessas idiotices, mais elas vingarão. Esquece, vamos toca nossa vida de campeões. A hora é de comemoração. nada mais importa.
Paulo, além da libertadores de 81, não foram só os brasileiros de 80 e 82 que eles ganharam na mão grande, veja este lance à 24:50″ do brasileiro de 83:
http://www.youtube.com/watch?v=HAHJ1ReAHk8
A genialidade habitual combatendo os analfabetos do mal!
O q acrescentar Andel? Absolutamente NADA. Perfeito e compartilhado.
Sensacional! Doa a quem doer, a verdade estampada nua e crua, deve ser dita! ST4!
Jeff
jeff@marcilio45.com.br
186.225.73.94
Falar a respeito de outros times é muito fácil, mas assumir os erros que já foram dados a favor de vocês tricoletes e difícil, mas vou facilitar as coisas:
De José Renato Sátiro Santiago Jr.
Neste ano, o Fluminense conseguiu resultados históricos dentro de campo.
Mas na década passada, a equipe Tricolor foi beneficiada frequentemente por decisões extra campo.
Justas ou injustas, não entrei no mérito, abaixo relembro alguns episódios:
1991 – O Fluminense ganhou os pontos da partida frente ao Botafogo, realizada nas Laranjeiras, devido a problemas com a torcida alvinegra.
Pela primeira vez, em um Campeonato Brasileiro, a equipe da casa ganhava pontos devido aos problemas com a torcida visitante.
O ponto obtido nos tribunais foi decisivo para a classificação do Fluminense às Semifinais do Campeonato Brasileiro de 1991, uma vez que a equipe carioca acabou com o mesmo número de pontos do Atlético Mineiro, também classificado, e Corinthians, que foi eliminado.
1996 – O Fluminense ficou em 23° lugar entre as vinte e quatro equipes do Campeonato Brasileiro, e seria rebaixado juntamente com o Bragantino.
Seria, pois a CBF “revogou” o rebaixamento, alegando problemas de arbitragem. O Fluminense foi beneficiado e não foi rebaixado.
No ano seguinte, o Fluminense ficou em 25° lugar entre as vinte e seis equipes do Campeonato Brasileiro, e, enfim, caiu.
1998 – Na Segunda Divisão, o Fluminense acabou em penúltimo lugar em seu grupo e acabou rebaixado para a Terceira Divisão.
1999 – O Fluminense disputou a Terceira Divisão. No quadrangular final, na segunda rodada, a equipe carioca ganhou os pontos do jogo contra o São Raimundo, que havia acabado empatado, sob a alegação de irregularidades com o jogador da equipe amazonense. O Fluminense era novamente beneficiado por decisões extra campo.
O Serra, outra equipe que ainda estava na disputa pelo acesso, perdeu os pontos da vitória frente ao Náutico, em jogo válido pela penúltima rodada. Este resultado também beneficiou o tricolor carioca.
2000 – O Fluminense tinha uma vaga assegurada para a Segunda Divisão do Brasileiro, no entanto foi resgatado diretamente para a Copa João Havelange, a Primeira Divisão do Brasileiro. Novamente, o Fluminense foi beneficiado por decisões extra campo.
REDAÇÃO: Somente um mau-caráter não assina o que escreve sem o nome completo.
Vindo de onde vem, nenhuma surpresa.
Sensacional! Lembro muito bem 1980, quando o Reinaldo, com uma perna só( já que sofrera um estiramento durante a partida), calou a mulambada com o segundo gol, porém veio a ajudinha do árbitro, para expulsá-lo de campo, como já havia feito com os outros dois jogadores do Atlético. A libertadores que eles ganharam, me digam qual time argentino que eles enfrentaram, ganharam de um time que nem existe mais, o tal do Cobreloa. Ganharam também, aquela taça Toyota, enfrentando os reservas do Liverpool, já que naquele tempo, os europeus, não davam muito importância para o tal. Vou ser breve: Cadê os 80 milhões do dólares da ISL, ninguém mais falou nisso, né?
Aê! Como vamos pagar o que nós já compramos? Nós compramos tudo: o melhor patrocinador, o melhor ataque, a melhor defesa, o maior artilheiro, a melhor campanha de todos os tempos e acabamos de comprar o Mano Menezes. Também compramos c#s novos e seminovos, o que não é o caso dos desses m#rdas que nos estão a cobrar o que não é devido. 😛
O pior de tudo é saber que irá existir uma corja imensas cheia de mulambices , como você mesmo disse gralhas , eu diria até papagaios ; pois só sabem repetir. São alienados ao extremo típico de multidões inúteis , sem o mínimo valor . Só têm número , e esse número não faz nenhuma diferença. Talvez por parte de um governo ditatório na década de 80 foram beneficiados como manobra política de controle de uma massa boçal! Tricampeonato em 2 anos , títulos internacionais com ” ajuda ” nas campanhas e ninguém comemorou pois na época o campeonato estadual era visto como mais importante , recusa de jogar conforme regulamento. Mas é um história muito fétida , eram menor que o botafogo na década de 80 , tinha um abismo separando esses inventados do Fluminense , não há mais , a distância torna-se cada vez mais palpável e digna de no máximo 5 anos para serem dobrados e esquecidos.
a torcida poderia se unir e publicar em jornal, quem sabe assim, eles parem com a imbecilidade…
nao dou mais nem ouvido a isso…FLUMINENSE,incomoda muita gente…TETRA,INCOMODA MUITO MAIS!!!!
Muito bom, apenas quero lembrar que em 1991 foram 2 expulsos do Fluminense, portanto 11 contra 9.
A exemplo do corinthians no mundial de 2000, o Fluminense foi convidado para jogar a copa joão havelange no mesmo ano, jogaria a série B (não há dúvida de que quem jogou até a série C jogaria a série B), mas não houve série B em 2000 por uma briga entre CBF e gama na justiça (por isso não houve série A, B, ou C em 2000), o Fluminense não tem nada haver com isso e disputou essa copa com 116 clubes.
Ah, mas deveria jogar a série B então em 2001.
Errado, o Fluminense deveria e jogaria a série B em 2000, mas se foi impossibilitada a sua realização por problemas envolvendo a justiça como citei acima, repito, o Fluminense não tem nada com isso e não deveria jogar em 2001 a série B, quando poderia estar disputando a série A.
http://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19911220&printsec=frontpage&hl=en
A expulsão decisiva foi a de Itaberá. A de Pires, agravante, foi mais tarde, quando a Gávea já tinha se aproveitado de ter um jogador a mais e tinha virado o marcador.
Sabe o que é pior? Esfregar isso na cara deles e ainda assim insistem em não aceitar. Nem é mérito deles, pois outras torcidas também insistem em só olhar o defeito dos outros ou pior, achar que “viradas de mesa” só aconteceram a partir de 96.
O fato do Flamengo e do São Paulo já terem sido salvos do rebaixamento nos respectivos estaduais é como se tivesse sido apagado da história.
Só é permitido falar do Fluminense. Incrível, não? E ainda há os mais ignorantes que acham fomos nós que criamos a JH. Enfim, é tanta coisa pra falar, pra desabafar e jogar na cara que é melhor parar por aqui. Seu texto resume tudo muitíssimo bem.
ST!
Sensacional!
A última linha é verso para ser cantado no “Maraca”!!!!
Com aquela musiquinha enjoada e mulambenta, claro!
E cá entre nós, um time que abre tanto as pernas, não pode chamar ninguém de flor, né não?!?!?!
SSTT4!!!!
Muito boooom!
Excelente texto