Na virada dos anos 1970 para 80, meu pai me presenteou no Natal com a coletânea de crônicas dos irmãos Nelson Rodrigues e Mario Filho “Fla-Flu: e as multidões despertaram”. Na dedicatória, meu saudoso herói escreveu: “Ao meu querido filho Paulo Rocha Júnior, com meus votos de que seja sempre vencedor nos Fla-Flus de sua vida!”

Dois motivos recentes me fizeram lembrar essa dedicatória tão especial. O lançamento do livro “Fla-Flu: o jogo que nunca termina”, do meu amigo Paulo-Roberto Andel (autor de diversos títulos sobre nosso Tricolor), e a investida rubro-negra sobre o atacante Pedro.

Sobre o livro de Andel, que espero poder adquirir em minha próxima visita a ele, só tenho a agradecer. Ainda nem li e já gostei. Enriquece, mais uma vez, a literatura do Fluminense. Não bastasse ser tricolor, o escriba é uma puta cronista da vida urbana do nosso Rio de Janeiro.

Sobre a calhorda investida do Flamengo sobre Pedro, tenho a dizer que foi muito mais recalque pela exposição midiática que receberam as presenças de Messi, Cavani, Agüero, Suárez etc em nosso CT. Sim, pois no tal Ninho do Urubu a Conmebol não liberou treinamentos das seleções que disputam a Copa América.

A forma como foi feita a coisa revoltou todo mundo. E ainda tiveram a petulância de dizer que desistiram. Desistiram é o caralho! Foram rechaçados, isso sim. O dinheiro não pode tudo. Honra, se conhecem o significado dessa palavra, não se vende.

Que do lado de lá saibam que agora não temos mais um banana como presidente. Acabou a molezinha de chegar e levar. O Fluminense dá a entender que não será mais desrespeitado nem vítima de covardia. Saudações Tricolores e uma boa semana a todos nós.

Panorama Tricolor

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