Amigos, amigas, tivemos o privilégio de assistir a um jogo que testou nossa paciência quase ao limite, mas não devemos colocar a culpa nos sistemas ofensivos.
O time de Odair marca bem e concede poucas oportunidades, mas o Atlético GO também se superou, conseguindo ocupar todos os espaços do campo satisfatoriamente.
Sim, o jogo foi ruim, mas a culpa maior é do Fluminense, que iniciou o jogo com uma formação incapaz de construir jogadas por dentro. A bola sempre ia parar nas laterais, onde éramos facilmente abafados, para logo em seguida recuperar a bola e não ter o que fazer com ela.
A escolha de Luis Henrique para atuar de centroavante já era estranha. A terceira tentativa, que incluiu Nenê e Marcos Paulo em episódios anteriores. É complicado, porque ou o cara não é do ramo ou atuaria melhor se tivesse alguém atuando próximo dele, como é o caso do Marcos Paulo, que sempre atuou assim na base.
Depois de um primeiro tempo monótono, tivemos um segundo tempo monótono, em que, pelo menos, conseguimos neutralizar, com méritos os contragolpes goianos. Refiro-me aos dois tempos.
É sempre questionável quando temos uma linha ofensiva com Nenê e Wellington. Fica parecendo time de pelada. Com Hudson e Dodi, não temos construção por dentro. Assim, o time bate e volta o tempo todo.
Quando, no segundo tempo, tivemos Miguel, Marcos Paulo e Luis Henrique, embora tivéssemos perdido Michel Araújo, o time pelo menos ficou elétrico. Tanto que contagiou o João Vítor, que fez uma das jogadas mais bizarras do ano, cabeceando contra o próprio gol em uma cobrança de escanteio sem sequer sofrer pressão.
Palmas para João Vitor, que colocou o Fluminense em vantagem num confronto que não está decidido, mas em que o Fluminense adquiriu grande vantagem, porque os dois times se anulam.
Nada resolvido, mas Odair saberá garantir a classificação em Goiânia, mesmo que nos matando de tédio ou de raiva, quando poderíamos ser muito mais.
O Fluminense tem que ter em campo Dodi, Ganso, Yago e Michel Araújo. Se possível, com Miguel, Luis Henrique e Marcos Paulo. É claro que não é possível, porque falta uma vaga e uma segunda porque não temos centroavante. Ou alguém conseguiu concluir que o Luis Henrique é o cara para essa posição?
Pelo menos o nosso problema não é de falta de opções. O problema é a falta de um centro-avante, mas o jogo de hoje mostrou que ter jogadores como Miguel, Marcos Paulo e Luis Henrique próximos pode fazer a diferença.
Principalmente se tiver o João Vitor para resolver o jogo a nosso favor, com o perdão da brincadeira.
É que a minha ideia de jogo passa longe do que está fazendo Odair, que, na minha opinião, está aproveitando o elenco muito mal e insistindo num modelo de jogo que morreu sem Evanilson.
É preciso ter um pouco mais de criatividade. É preciso entender que Yago tem que ser titular desse time, que Hudson deixa nossa transição lenta, que Wellington e Nenê são peladeiros, que Marcos Paulo vai desequilibrar quando jogar numa posição que lhe favoreça e que Ganso é o melhor jogador para fazer nosso meio de campo ser construtor e não só uma engrenagem que impede o adversário de jogar.
Não vou nem tentar me aventurar a construir um time em cima desses dilemas. Vou deixar por conta da imaginação de vocês.
O fato é que o jogo de hoje foi preocupante e nós temos condições de fazer muito melhor que isso.
Saudações Tricolores!
Panorama Tricolor
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