Amigos, amigas, tivemos dois lances com interferência do VAR na noite de ontem. Reparem a diferença no procedimento. No lance do gol do Fluminense, Everaldo foi derrubado. Marcelo de Lima Henrique nada assinalou. Os jogadores do Fluminense reclamaram e o árbitro convocou o VAR. Em coisa de um minuto, após ver o vídeo, mudou a decisão e marcou o pênalti.
No lance anterior, em que houve a interferência do VAR, o bandeira assinalou impedimento de Léo Santos. Os jogadores do Fluminense correram em direção ao auxiliar alegando que o lance foi legal. Antes de chegar a Léo Santos, que voltava de posição irregular, a bola foi desviada pelo defensor do Flamengo, que o deixou em posição legal. Foi o que mostraram as imagens, inclusive a do VAR.
No entanto, passaram-se cinco minutos até que o árbitro tomasse uma decisão. Ora, o lance era tão simples quanto o do pênalti cometido em Everaldo. Não havia dúvidas, bastava olhar a imagem uma única vez. O problema é que os árbitros estavam a procurar uma outra irregularidade qualquer no lance. Acharam uma falta de Matheus Ferraz, que não estava em questão e sequer houve unanimidade entre os comentaristas acerca de sua existência.
A minha opinião é de que o VAR foi utilizado de forma indevida, nitidamente para beneficiar o Flamengo. Esse tipo de procedimento é o que eu sempre temi quando me posicionei de forma contrária à adoção dessa tecnologia no futebol brasileiro, em que pouca coisa é confiável, quanto mais no Flamengão.
Amigas, amigos, podemos ficar a imaginar como teria sido o jogo caso o Fluminense, que tinha a vantagem do empate, tivesse o gol, aparentemente legal, validado logo no início da partida.
Quanto ao pênalti marcado para o Flamengo, não há muita dúvida de que houve a falta de Léo Santos. O que eu não posso afirmar é que, caso o lance fosse favorável ao Fluminense, Marcelo de Lima Henrique teria apontado a marca da cal com tanta determinação e certeza. Afinal, não foi assim no pênalti cometido em Everaldo.
Saindo do tema recorrente das arbitragens inamistosas do Flamengão, é correto dizer que o Fluminense poderia ter saído do Maracanã com a vitória, assim como foi na semifinal da Taça Guanabara. Bastava aquela bola do Yony ter ido para o barbante ao invés de acertar o travessão. Isso não muda, no entanto, o fato de que o Flamengo foi superior ao Fluminense em todas as partidas, inclusive na primeira, vencida pelo Fluminense.
Não é algo que nos deva surpreender, haja vista os valores individuais do adversário e a evolução do futebol coletivo praticado por eles. O que preocupa é que o Fluminense, ganhando ou perdendo, vem caindo de produção desde o clássico com o Botafogo. A minha tese é de que o excesso de jogos, restando quase tempo algum para treinar, prejudica a manutenção das valências cognitivas individuais e coletivas da equipe. Para jogar com posse de bola e marcação sempre agressiva é preciso treinar esses fundamentos táticos regularmente.
Espero que Diniz perceba isso e comece a rodar mais esse time. Caso fiquemos fora das fases decisivas do Estadual, ganharemos tempo, mas não é o que queremos. Teremos cinco dias de treino pela frente antes do compromisso com o Luverdense. Isso é positivo. Devemos buscar a vitória em Lucas do Rio Verde para trazermos uma boa vantagem para o Rio, onde, na minha opinião, devemos atuar com time reserva, caso, é claro, consigamos a vaga nas semifinais do Flamengão, o que acontecerá se o Vasco não conquistar a Taça Rio.
Muito mal o Gilberto e excelente o Rodolfo. Allan foi melhor que nas exibições anteriores. Bruno Silva errou tudo que pode. Será que não seria melhor colocar o Daniel para fazer a função de segundo volante para qualificar a nossa transição ofensiva? É um jogador que não erra passes e vinha recompondo com o Airton, à frente da zaga na fase defensiva. É hora de começar a observar mais atentamente as performances individuais. Com o retorno de Pedro, ficaremos mais fortes para quando o ano começar de verdade. Por enquanto, a meta é encontrar a melhor formação.
Saudações Tricolores!
Panorama Tricolor
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