Tricolores de todos os lugares, não acho que é dessa vez que vamos a algum lugar. Se 2016 foi feito para esquecer – tá ok, levantamos a primeira liga –, 2017 vai chegando de um jeito que nem queremos lembrar.
Sim, faz tempo que não escrevo e voltei pessimista.
Não quero ficar aqui comentando a política do clube (ou a falta dela), os erros da gestão que se vai e tudo o que perdemos de oportunidades num passado nem tão distante. Mas, de fato, estamos ficando cada vez mais distantes do grupo dos fortes no Brasileirão. Isso não pode acontecer, não nesse momento. Afinal, mais uns dois anos assim e a espanholização ou grupolização do futebol nacional nos arremessará no grupo do meio, um caminho quase que sem volta.
Infelizmente, não acho que 2017 vá nos redimir. Não há redenção à vista. Menos ainda a prazo. Talvez no longo prazo. Isso se estivéssemos fazendo tudo certinho. Nem estamos. Só CTinhos. Certinhos, não. Temos uma boa piscina e um belo parquinho.
Bola que rola, “dicen que la distancia es el olvido” e queria distância e esquecimento de muitos que merecem pegar “la barca”. Agora é hora de pensar pequeno, o grande já não cabe na nossa crise. O negócio é se livrar de quem puder. Só dos relacionados, acho que poderiam passear em outros terrenos Gum, Renato, Giovanni, William Matheus, Pierre, Cícero, Maranhão, Danilinho, Osvaldo, Henrique Dourado e Magno Alves.
É jogar com a base e acrescentar um ou dois nomes de destaque para dar couro ao time. Esperar que Abel faça um trabalho que resgate o compromisso com o escudo e que consiga tirar leite de pedra. É ano de timinho. É ano de time de operários.
Antes do início de qualquer campeonato, é para pensar em chegar aos 45 pontos, livrar-se do rebaixamento e ficar ali no meio de tabela. No decorrer do ano, torcemos para o time de operários dar liga e renascer aquele espírito guerreiro de quem se recusa a perder. Quem sabe aí teremos chance de algo melhor.
Vi que a nova diretoria quer trazer alguns reforços. Não quero comentar nomes, até porque os que escutei não se encaixam na semântica de “reforços”. Muito ajuda quem não atrapalha, assim, se conseguirmos mandar embora esse penca de “tô-sem-vontade-de-jogar-no-Fluminense” já teremos um bom começo.
Olhando pra frente, não dá para ver luz alguma. Mas dá para ver o túnel. E é escuro pacas. Tomara que essa luz esteja lá no final.
Panorama Tricolor
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Imagem: wc