O jogo

Foi um jogo muito fácil, como deveria ser qualquer confronto entre o Fluminense Football Club e o Horizonte, seja no Maracanã, no Ceará ou em qualquer lugar onde se aplique as leis da física que conhecemos, onde exista gravidade etc.

Mas o jogo foi dessa forma porque o nosso time teve vontade. Disposição que há tempos não se via nos nossos jogadores. Não sei se eles se arrastaram no jogo de ida e nas semifinais do Carioca porque queriam derrubar o técnico, ou se estavam somente acomodados e a pressão da torcida na semana passada surtiu o efeito desejado. Mas o fato é que, depois de longo e tenebroso inverno, finalmente a torcida pôde ver seus jogadores suarem a camisa.

E aí, quando um time tão superior tecnicamente pelo menos iguala a vontade do adversário, não há possibilidade de vida para o mais fraco. Não demos qualquer chance para o adversário sequer passar do meio campo até que o jogo estivesse resolvido.

Individualmente gostei muito de Carlinhos e Bruno.

A torcida é que esse mesmo espírito de luta nos acompanhe no Brasileiro.

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Reforços

A torcida continua esperando a chegada de reforços. O primeiro deles, fundamental, aliás, chegou na semana passada. Foi o técnico. Agora temos um técnico! Cristóvão é o primeiro grande reforço para o resto da temporada. Mas, embora o time tenda a crescer, já que com treinamento e tempo vai adquirir um padrão tático, ter algumas jogadas ensaiadas etc., não dá para pensar num Brasileiro sem sustos com as deficiências que temos.

Todo Tricolor sabe que a zaga não é confiável. Se, de acordo com o que parece ser a nova realidade do clube, não tivemos e não teremos condições financeiras de contratar zagueiros argentinos ou paraguaios, temos que peneirar no mercado nacional os reforços para esse setor.

Existe uma competente equipe no clube que mapeia justamente esse mercado de promessas e apostas, jogadores não muito conhecidos e que têm potencial de crescimento. Se com a Unimed mandando no clube esse trabalho ficou praticamente esquecido, é hora de esse pessoal ser novamente prestigiado, ouvido e as contratações serem realizadas.

Estamos correndo contra o tempo. Além da necessidade de reforços para a zaga, a grande hemorragia do nosso corpo, há outros órgãos que precisam de atenção. Precisamos de um primeiro cabeça-de-área para jogar ao lado de Jean. Valencia, para variar, já se começou a sua temporada no departamento médico e Cristóvão foi obrigado a colocar Diguinho em seu lugar. Mas essa não pode ser a solução para o resto do ano.

Precisamos muito de um jogador de velocidade e que saiba jogar pelo lado para o ataque. Principalmente para jogos fora do Rio, esse jogador é fundamental. Com os jogadores que temos hoje, há grande chance de ficarmos acuados em nossa defesa sem saída para o ataque. Alguém lembra quantas vezes fomos pressionados, alguns muito pressionados, no
Brasileiro de 2012 e numa bola que caiu nos pés de Wellington Nem matamos o jogo? É de um jogador com as características do Nem que precisamos.

Desde o desentendimento com a Unimed, não tenho ouvido a diretoria falar em reforços.

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Curtas do caso Fred e torcedores:

– Preocupa-me muito o desentendimento entre Fred e a torcida, pois quem perde certamente é o Fluminense;

– Clube emite nota no dia seguinte ao desabafo de Fred informando que, a partir de agora, somente sócios poderão acompanhar os treinos. A pergunta é: por que antes não era assim? Por que uma pessoa que não era sócia tinha o direito de estar dentro do clube?

– Clube divulga que, a partir de agora, serão distribuídos “somente” 400 ingressos para torcidas organizadas, ao invés dos antigos 1.200. Para um clube com o problema financeiro que tem o Fluminense, 1.200 ingressos por jogo não é um custo muito elevado não?

Panorama Tricolor

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Foto: http://lancenet.com.br