“De 15 em 15 anos, o Brasil esquece do que aconteceu nos últimos 15 anos.” (Ivan Lessa)
Enquanto o Fluminense vive há anos os mesmos problemas decorrentes de gestões marcadas por práticas irresponsáveis e perdulárias, de tempos em tempos é indicado um grande vilão, culpado por todos os fracassos em campo, enquanto a grande panela sai pela tangente fazendo cara de paisagem – e, claro, formando uma cortina de fumaça para o escape.
Ao mesmo tempo, parte da nossa torcida desenvolveu um vício que transita entre o inusitado e o patético, que é a paixonite por dirigentes do clube. Algo compreensível, embora condenável, para quem tem favorecimentos da gestão tricolor, mas difícil de compreender quando se trata de um comportamento voluntário.
Enquanto o clube tem uma das gestões mais estapafúrdias de toda a sua história, repercutindo diretamente nos fracassos esportivos, passadores de pano oficiais e piratas se esforçam diariamente em narrativas para enganar trouxas.
Chega a causar espanto que muitos, por exemplo, não percebam que a política de desvalorização permanente dos jogadores da base tricolor tem um objetivo claro: facilitar negociações e giro de atletas – que acontece há anos, mas se intensificou na atual gestão. É muito mais fácil quando um jogador jovem não é firmado entre os titulares.
Se alguém ainda tem coragem de falar sobre o saneamento das finanças tricolores, as notícias recentes sobre o tema deveriam causar vergonha no interlocutor.
O planejamento arrogante e desastroso de 2024 já procurou inúmeras buchas na temporada. Da suruba na concentração à estupida perseguição a Martinelli (a mais covarde no século XXI, planejada por sinal), passando pelo massacre a Esquerdinha, o desprezo a Felipe Andrade e o banimento de todos os laterais esquerdos da base, mais a quase doação de Kayky Almeida e Agner, enquanto veteranos improdutivos são tratados como superstars inquestionáveis.
Às vezes acontece de um contratado de fora pagar o pato. Muitos agora dizem que Arias é o grande culpado, por estar jogando de sacanagem – e está mal mesmo. Contudo, ironicamente, o colombiano é o responsável direto pela única grande alegria tricolor em 2024, a Recopa. Já Felipe Melo pode rifar a própria mãe que será sempre poupado, Renato Augusto pode descansar no banco e ninguém liga. Alguém sabe dizer de Gabriel Pires e Felipe Alves?
Quem pode achar normal que o questionamento sobre transações esquisitas não seja respondido em coletivas? Há algo a ser enrustido?
A derrota para o Atlético Mineiro não serve de parâmetro. Foi um desastre de ponta a ponta, mas insuficiente para explicar uma temporada pavorosa, excetuada pelo campeonato de dois jogos contra a LDU.
O grande vilão do Fluminense só aparece nas vitórias, mas se omite nas derrotas. O famoso Pavestruz.
Não comenta sobre inúmeras promessas que fez e não cumpriu. Voto on line e reforma das Laranjeiras, por exemplo.
Arrota austeridade financeira, mas não dá um pio sobre o vergonhoso balanço fake do Flu.
Não entende patavinas de futebol mas decide contratações surreais e lesivas aos cofres do Fluminense, questionando quem já deu dois treinos ou não…
Bota fotos de corpo inteiro em livros que não tem a menor condição de escrever.
Reclama de herança maldita de gestões anteriores, mas esteve na maioria delas com a responsabilidade por contratos e… acordos…
“Eu venço, nós empatamos, vocês perdem”.
Ao contrário do que parece, o Fluminense não é uma monarquia. Mas hoje é refém da empáfia, arrogância e incompetência suprema.
Quem “deu” a Libertadores também deu toda essa merdalhada que aí está.
Só.
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A CAMINHO DE 1.500 COLUNAS NESTE ESPAÇO
Todo mundo tem direito à livre opinião, mas o direito não garante que a mesma livre opinião seja qualificada.
Audiência não é garantia de qualidade. Várias porcarias têm audiências supremas, mas entrarão para a história como o que são: porcarias. O que é bom e original vai ficar, queiram ou não.
Quem aluga suas opiniões não é digno de respeito.
É muito fácil praticar assassinato de reputações e debochar do trabalho de gente honesta, trabalhadora e esforçada. O difícil é olhar para o espelho e mergulhar no oceano profundo dos próprios erros grosseiros, injustiças e falácias.
Todo mundo pode escrever, mas nem todo mundo é escritor, cronista, articulista etc, pelo menos em termos de qualidade. É preciso separar as imitações dos originais e os amadores dos profissionais.
Ninguém é perfeito e todo mundo é medíocre em alguma coisa. Alguns são medíocres em muitas. Mas os piores são os medíocres que acreditam na própria genialidade jamais comprovada.
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Eu não escrevi 40 artigos, mas 40 livros.
Destes, 26 são sobre o Fluminense.
Não preciso de nenhum avalista tricolor da minha obra, dentro e fora do clube. Ela fala por si só, queiram ou não.
Claro, sei que isso causa muitos sentimentos, inclusive os mais desprezíveis como a inveja por exemplo. E isso ajuda a entender muita coisa por aí.
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Em memória de Armando Freitas Filho, um dos maiores poetas brasileiros, tricolor de coração, falecido nesta quinta-feira aos 84 anos por complicações decorrentes da maldita COVID-19.
Em memória de Adriana Silva, querida amiga tricolor marcada pela gentileza, elegância e sobriedade, infelizmente falecida nesta semana. Amiga de verdade, coisa rara nessa terra de tanta injustiça e falsidade.
O QUE FALTA PARA QUE SEJAM DENUNCIADOS TODOS OS QUE SILENCIARAM E SILENCIAM ACERA DESTA PATRANHA TÃO ULULANTE?..