Após observar a mudança de postura tricolor no empate em 1 a 1 com o fortíssimo Atlético Mineiro, líder do Brasileirão, chega-se a uma óbvia conclusão: o Fluminense perdeu tempo mantendo Roger Machado no cargo de treinador. E isso custou a eliminação da Libertadores, cuja conquista é tão sonhada pela torcida.

A entrada de Marcão no comando deveria ter acontecido desde o início do ano; afinal, após a saída de Odair Hellmann, o auxiliar mostrou extrema competência ao classificar a equipe em quinto lugar – e interromper um hiato de participações na Libertadores que já durava alguns incômodos anos.

Não, o Flu de Marcão contra o Galo não foi nenhuma maravilha. Contudo, pressionado por um adversário superior tecnicamente, mostrou raça e personalidade. Nos fez sentir orgulho e esperança de que aquela apatia que víamos até então é algo que pode e deve ficar no passado. O departamento de futebol do Fluminense precisa rever as suas avaliações. Marcão, não servia, André não servia… Aliás, o jovem volante está comendo a bola. E quase foi emprestado ao Botafogo para a disputa da Série B. É muita falta de visão.

A torcida conhece Marcão não é de hoje. Eu, pessoalmente, desde o tempo no qual fui repórter na cobertura do clube e ele, então, jogador. É um cara honesto, trabalhador, esperto, bom de grupo. Foi comandado por feras como Parreira, Espinosa e Abel, entre outros.

Quando chamado á responsabilidade, não se omitiu. E correspondeu. Merece a oportunidade de mostrar suas virtudes, com tempo para trabalhar e a certeza de que, desta vez, não será meramente um interino.

Pois é nesse Fluminense de Marcão que esperamos uma reação na temporada. Vejamos o que os próximos desafios reservam. Que a mística do Time de Guerreiros volte a nos inspirar.