Sigamos nos aspectos administrativos, pois o campo vai bem – se der problema, virá daqui.
Os empréstimos negociados pelo presidente do clube no exterior são a solução possível no momento. Poderíamos dizer até inteligente: dadas as circunstâncias e a redução nos juros junto à consolidação do débito num lugar só permitem um panorama mais tranquilo para a gestão que vem aí, mesmo que os juros ainda sejam altos e a garantia dada terrível (direitos federativos de jogadores da base). Porém, dava para ter feito isso antes e em melhor condição. Não se fez por politicagem barata.
Tem que ficar registrada a iniciativa do vice-presidente de finanças à época, Diogo Bueno, em fazer essa renegociação no mercado financeiro, dentro do Brasil, com a garantia das cotas de tevê. Um negócio muito melhor, mas que representaria o crescimento do grupo político de Diogo dentro da gestão a débito da Flusocio, que trabalhou pela negação da ideia e saída do grupo Unido e Forte da gestão, para depois fazer uma aliança tácita com o funesto triunvirato contra o processo de impeachment puxado pelos antigos aliados, fundamental para a época ganhar das candidaturas da hoje ‘oposição’ a eles só nominalmente, contando voltar ao poder com esse dinheiro na mão pra poderem gastar.
É o que sabem fazer e nem sempre com o futebol em si.
Quem perde com essa politicagem é sempre o torcedor. Apesar de barata no sentido moral, a mesma já custou muito ao Fluminense e os possíveis candidatos à presidência indicam que ela continuará aí durante muito tempo.
E hoje surge essa bomba do estado retomando o Maracanã. É difícil afirmar de cara se isso será bom ou ruim. O projeto conjunto de shopping em cima da linha do trem é uma piada, mas vale registrar as notas dos clubes interessados demonstrando que agora devem participar da gestão. A meu ver isso indica que a atitude do governador tem respaldo dos clubes e que eles realmente devem ser chamados a cuidar do estádio em conjunto
É bom para os três: diretoria do flamengo chamuscada com o incêndio no CT, governador já em decadência na sua popularidade e Abad tentando salvar o mandato. Mas antes disso o presidente tricolor precisa de certidões. As atividades na Europa em busca de dinheiro devem ter a ver com isso; afinal, pagar salário nunca foi prioridade nessa política do nosso clube.
Isso tem de mudar. ST.
Panorama Tricolor
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