Amigos, amigas, a efetivação do Marcão foi decidida após a publicação de minha última coluna, de modo que não pude manifestar minha opinião a respeito.

Achei a decisão precipitada. Minha visão era de que tínhamos que ter uma ideia de como jogaria o Fluminense sob o seu comando. Lembrei que não é só mandar o time jogar como na época do Diniz, que tem que treinar para isso.

Dependendo do que o Fluminense apresentasse diante do Botafogo, a efetivação poderia ser considerada. Pois, ao que tudo indica, não teremos muito que lamentar por uma decisão tomada de forma açodada, mas que parece ter sido um tiro na mosca.

O Fluminense voltou a jogar futebol. Como no período de Diniz, voltamos a ter posse de bola, transição organizada e oportunidades de gol para nossos atacantes desperdiçarem. Nossa defesa também andou dando suas engrossadas, gerando oportunidades para que os atacantes adversários também desperdiçassem seus gols.

O saldo é altamente positivo. Saímos de campo com três pontos, com a confiança renovada em nosso jogo e com três pontos de distância da zona de rebaixamento. Foram sete pontos nas últimas três rodadas, o que nos propiciou o salto na tabela.

Jogando o que jogou no domingo, vejo grandes chances de obtermos mais três pontos em Minas, apesar dos graves desfalques criados pela Seleção Olímpica. Vamos ter que descobrir se temos um lateral esquerdo na reserva, enquanto Caio Henrique joga amistosos, mesma situação de Allan.

No caso do Allan, eu recuaria o Daniel para a posição e escalaria um outro meia para executar sua função. Daniel é o único no time aparentemente capaz de coordenar a saída de bola do Fluminense, mas é preciso que Marcão encontre alguém para fazer o serviço do Daniel.

Além disso, o Fluminense terá que criar uma fórmula para evitar que o time fique fragilizado atrás. A ideia seria ter um jogador com muito poder de marcação e transição, mas eu desconheço esse jogador em nosso elenco. Sendo assim, o mais provável é que Marcão invente o mínimo possível, escalando Frazan na zaga, no lugar de Digão, e Yuri como volante.

O mais importante é que pudemos voltar a ter esperança em um final de ano sem sobressaltos, que é, infelizmente, a consequência da catastrófica decisão de demitir Fernando Diniz.

Saudações Tricolores!

Panorama Tricolor

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