Embora tenha a formação de Engenharia Elétrica, trabalho com vendas já se vai 30 anos e sempre escutando o jargão “vender todo mundo vende” ou “se não servir pra nada vira vendedor”.
Uma coisa é certa: para vender precisa conhecer do processo, principalmente como abordar o seu cliente para a realização da venda.
Quando se vende algo, se vende um benefício ao cliente ou, em outras palavras, se você vende algo que crie valor ao cliente.
Para realizar uma venda você precisa entender a necessidade do cliente e passar pelas objeções do mesmo, enfim é só uma pequena abordagem sobre o processo de vendas.
E o que o Fluminense tem com este processo? Vocês me perguntam e a resposta é: tudo.
Hoje, o mercado da bola é extremamente dinâmico e atento, o mínimo que que se precisa é estar preparado para oportunidades de fazer um bom negócio. Será que o Fluminense tem feito boas compras e boas vendas?
O Flu acaba de vender o Gabriel Teixeira, de 20 anos, para o Al Wasl por R$11 milhões (US$2,0 milhões). O jogador tinha vinculo com o clube até 2025. Como contratamos William Bigode, a expectativa era que o jogador não teria muitas oportunidades. Engraçado que o Caio Paulista tem entrado todo jogo. O Gabriel Teixeira fez 44 partidas no time do Fluminense.
Muitos torcedores acharam ótima a venda de mais uma revelação da base, afinal não se pode ter jogador da base de estimação, tem que vender mesmo e por aí vai o discurso da venda.
Só que, ao mesmo tempo que vendemos nossa base, acontece no sul a venda do Yuri Alberto, de 20 anos, para o Zenit por R$ 150 milhões (25 milhões de euros) e olha que só para liberar o jogador ainda nesta janela o Zenit pagou 5 milhões de euros.
Será que realmente estamos vendendo bem, será que não estamos vendo por vender?
Será que o Gabriel Teixeira não vale nem 10% do Yuri Alberto?
Para continuar na minha ideia, q Fluminense precisa urgente se preparar melhor para comprar e vender. Vejamos o seguinte caso.
Marinho, de 31 anos, jogador do Santos criado em Xerém, acabou de ser contratado pelo time do remo por R$7 milhões (US$ 1,3 milhão), enquanto investimos no Cristiano Silva, de 28 anos, por R$7 milhões.
Não trabalho no scout do Fluminense, mas como torcedor tenho a certeza que, se houvesse uma pesquisa na torcida tricolor para escolher em quem deveria ser o investimento, não tenho dúvidas que o Marinho ganharia de lavada.
Agora só me resta torcer para que a gestão do Fluminense tenha a humildade e contrate um bom treinamento de compras/vendas, para que possamos melhorar nossas transações comerciais e, claro, não ficarmos com a sensação que somos a equipe que mais lança jogadores e a que pior vende.