Existe um clima pesado no Fluminense. Uma nuvem pesada que atormenta o clube há anos e que não parece querer deixar de assombrar o nosso amado Tricolor.

O episódio de quinta-feira passada foi lamentável em vários sentidos e isso é a pura reflexão do que o time mais tradicional do Brasil está passando neste momento. Anos se passam e a falta de gestão é a mesma, pessoas sem senso que só fazem promessas continuam lá rindo das caras dos torcedores e a situação nunca parece melhorar.

O momento é preocupante, a harmonia do clube já não está em perfeito estado faz tempo, não temos um time bom e regular desde o tetracampeonato brasileiro e a nossa torcida parece estar cada vez mais desmotivada, e ela tem sérios motivos: promessas não cumpridas por dirigentes, falta de respeito com quem ama o clube e vai aos jogos, omissão, salários não pagos, escassez de títulos importantes, anos sem ganhar de um rival e sem contar com a falta de empatia e acolhimento pela arquibancada.

O que o nosso ex-técnico Oswaldo de Oliveira fez no Maracanã no jogo contra o Santos (gestos obscenos para um torcedor) É O CÚMULO DO ABSURDO. Nossa torcida exige e merece respeito, não vamos ao estádio para ser xingados e humilhados por gente que não merece nem pisar no chão sagrado das Laranjeiras. E agora, diante dessa situação mais do que catastrófica, o que devemos fazer para resgatar o Fluminense que nós, torcedores, realmente conhecemos e sentimos falta?

Na minha opinião, se associar é uma grande coisa e isso contribui bastante para a saúde financeira do clube. Independente de não gostar do presidente, do vice, do jogador ou do técnico A, B ou C que esteja lá, ajudar nessa parte é sempre bom. Ir aos jogos, dar confiança aos jogadores, elogiar, criticar construtivamente também colabora muito. E é claro, jamais perder as esperanças.

Nosso time precisa saber a força da nossa torcida, aquela que se fez presente e que acreditou até o minuto final em 2009, quando escapamos milagrosamente de um rebaixamento dado como certo e que acabou culminando do tricampeonato brasileiro no ano seguinte. Isso ocorreu há exatamente dez anos e certamente nos deixou (mais uma vez) claro que não existe impossível para o Flu, porém, não vai ser todo ano que vamos fugir do rebaixamento com 99,9% de queda.

Não é questão de ser negacionista, mas sim realista. Pode acontecer novamente? Sim, no futebol tudo é possível, mas a nossa equipe não permite que os tricolores imaginem isso.

Em 2009 nós tínhamos Fred (líder nato do time), a habilidade de Conca, o guerreiro e insaciável Gum, ou seja: o Flu tinha um time. E ele tinha apenas um propósito na reta final do campeonato: fazer o impossível. E eles conseguiram, por isso, sempre devem ser exaltados. O time de hoje, infelizmente, não possui tamanha identidade com as cores que estão vestindo como o time de 2009, mas uma é coisa certa: com a saída de Oswaldo, as coisas devem melhorar. Nem que seja 1%, mas vai.

A pessoa que chega no clube contestada e sai apupada (com razão) definitivamente não vai dar certo em equipe nenhuma (pelo menos isso se repete há um certo tempo) e principalmente no Fluminense, pela ampla turbulência que existe dentro e fora das quatro linhas. Mesmo assim, fica aqui o meu desejo de boa sorte pra ele, porém, BEM LONGE do Fluminense.

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Neste domingo tem a batalha no Maracanã às 16hs contra o Grêmio. Provavelmente eles virão com o time reserva, pois jogarão contra o Flamengo pela Libertadores no meio da semana. E convenhamos: se eles vierem com reservas, nossas chances de derrotar eles aumentam muito mais. Todavia, é aquela velha história: futebol é onze contra onze. Tudo pode acontecer.

Ah, e não podemos deixar de avisar ao Gravatinha e ao Sobrenatural de Almeida para não deixarem de comparecer neste jogo, até porquê, vocês já viram o que eles têm feito: o frangaço do Cássio, a cabeçada mortal do Lucas Veríssimo foram obras de arte deles… Portanto: salve, São Gravatinha! Imploramos pela sua santíssima ajuda.

No mais, seguimos em frente, a fim de conquistar mais três pontos neste duradouro e sofrível Campeonato Brasileiro.

Pra frente, Fluzão!

Panorama Tricolor

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