Incrível que um resultado matematicamente tão expressivo em termos de placar seja, na verdade, um engodo.
Os 5 x 2 contra o Corinthians ontem foram o festejo de um amistoso.
Entratanto, também serviram para algumas conclusões.
Primeiro, não fosse a pilantragem de alguns jogadores (não há outra expressão cabível), o Flu teria brigado pelo título ou ao menos garantido com conforto uma vaga na Libertadores.
Segundo, os acontecimentos do final de semana não deixam dúvidas: o Flu é a casa da Mãe Joana, bem escrito em título pelo Lucio Bairral em sua coluna. Trocamos a presidência muda, calada e pasteurizada pela boquirrota, oportunista e leviana à beira do gramado.
Terceiro: o silêncio de Conca e Cícero é revelador. Interessante reparar que, depois do gol mais bonito da partida, o ídolo argentino tenha sido abraçado apenas pelos mais jovens ou do “segundo escalão” do elenco.
Para admirar o talento de Fred com um mínimo de lucidez, basta aplaudir seus belos gols de uma carreira que, se não é 100% vitoriosa, sem dúvida é uma das mais abonadas da história do futebol brasileiro.
Para tratar Fred como o ídolo intocável, é preciso abrir mão de algumas coisas: vê-lo como maior do que o Fluminense, o maior da história, deixar ética e hombridade de lado, aplaudir covardias e até mesmo inacreditáveis contradições, como a de se posicionar feito vítima do Sistema Globo meses depois de ser um queridinho de novelas e do programa Esporte Espetacular.
Em tempo: o América-RN, aquele dos outros 5 x 2 no Maracanã, foi rebaixado ontem à série C.
@pauloandel