O caminho das pedras (por Walace Cestari)

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O campeonato caminha modorrento para nós tricolores. Sem grandes pretensões e sem grandes sustos. Não que eu ache que já tenhamos toda a calma, ficaria mais tranquilo se tivéssemos 45 ou 46 pontos, mas parece que aquilo que temos já nos basta para o final do ano sem surpresas.

Mas, antes de pensar 2016, devemos avaliar nosso 2015. Fomos muito bem no primeiro turno, mesmo sem os “reforços”de meio de temporada. Isso pode ser creditado ao conjunto do Fluminense, que se destacava pela doação em campo.

Não que nossos jogadores tenham virado molengas ou coisa assim, longe disso. As chegadas de R10 e Oswaldo dariam profundidade ao time, mas as mexidas não surtiram efeitos e caímos de produção. Até aí, normal, a oscilação era previsível e estávamos acima de nossas próprias expectativas.

O que não é aceitável, porém, é que terminemos como o time de pior campanha no segundo turno. Se, por um lado, não temos uma equipe madura para as grandes conquistas, por outro, também não há em nosso elenco tamanha disparidade relativa a umas oito ou nove equipes.

Por isso, pensar 2016 significa entender os bastidores de nosso segundo turno. Sem achar culpados, uma boa análise crítica deve ser feita pela diretoria, incluindo aí o planejamento de 2015 e as razões de porque desviamos dele.

Oportunidades ou não, o fato é que precisamos entender os erros cometidos para conquistar coisas boas no ano vindouro.

Admitir falhas e corrigi-las, buscar maior transparência nas relações internas e externas e fazer cumprir as linhas que foram traçadas enquanto racionalizávamos o futuro.

O ano que entrará será difícil, mas podemos desejar estabilidade. Se conseguíssemos uma razoável regularidade neste campeonato, com o primeiro turno que fizemos, poderíamos facilmente bater nossas metas e retornar a Libertadores.
Prova-se a tese de que precisamos pensar no coletivo, no conjunto. Os meninos de Xerém mostraram seu valor e uma boa mescla fará com que cresçam ainda mais. Precisamos definir perfis táticos e acreditar no treinador que escolhemos em lugar apenas de garantir que Eduardo começa o ano. Precisamos da tranquilidade de que quem comece, termine.

Sem loucuras, é preciso entender o passado para corrigir o presente e criar bons cenários para o futuro. Oportunidades somos nós que a criamos. E que não esqueçamos de honrar as três cores nesta reta final. Temos sempre o compromisso com a vitória.

Quem sabe valorizar uma vaga na Sulamericana e disputá-la com seriedade não seja um bom caminho para ajudar na maturidade de nossos jovens? Vamos pensar em fazer o melhor do que nos oferecerá o ano que vem. Afinal, o futuro só é feito de incertezas quando se caminha sem rumo.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

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