Amigos, amigas, já faz tempo que eu venho ouvindo e lendo coisas a respeito do back office do Fluminense. O termo em inglês é convidativo e a gente até tem vontade de ficar repetindo esse paradigma, principalmente quando usado em tom de crítica.

O que eu tenho lido e ouvido é que o back office do Fluminense é caro, absurdo, um cabide de empregos. Eu não duvido de nenhuma dessas teses, da mesma forma que não as endosso, tudo pela mais completa ignorância acerca do tema.

Não do back office, em si, que é o conjunto de profissionais que dão suporte à administração e à operação do clube, além de, se existem, suas demandas estratégicas.

A minha ignorância total e irrestrita está estabelecida sobre o fato de que nunca tive a oportunidade de dimensionar a necessidade do clube de contar com esses profissionais, da mesma forma que não faço a mínima ideia de qual seja a política de RH do clube, tampouco de qual o é o organograma funcional do clube.

Eu fico constrangido de debater o tema e não consigo entender de onde surge a propriedade para abordar o tema que alguns companheiros ostentam, porque, pelo que eu saiba, o Fluminense não tem uma política de cargos e salários. Como é que eu posso, sem ter conhecimento da demanda por pessoas, capacidades técnicas e gerenciais, dizer que o nosso back office é caro ou barato?

Como eu posso criticar o compadrio, que não duvido de que exista, sem saber os critérios de contratação, se é que existem? Como posso, enfim, dizer que fulano ou beltrano ganha demais, se ninguém sabe quanto fulano e sicrano ganham?

O que eu sei, enfim, é que o Congresso Nacional anda discutindo a instituição do clube empresa, enquanto nós vivemos intensamente os traços organizacionais da Idade da Pedra Lascada no Fluminense.

O que eu tenho dito sempre é que o Fluminense já deveria, há muito, ter feito a transição da gestão amadora para a gestão profissional. O que temos, no entanto, é a política, desde Peter Siemsen, dos dois passos para frente, dois para trás.

Antes de pensar em ser empresa, o Fluminense deveria aprender a pensar como uma, mas nada vai à frente nesse sentido. E depois reclamam que ninguém quer investir no clube.

Eu só espero que os projetos secretos da gestão Bittencourt sejam nesse sentido, com governança, transparência, gestão profissional e reformulação do Estatuto do clube, que remonta ao século passado.

É uma tarefa que já computa décadas de atraso. Atraso esse que se reflete nos nossos resultados em todos os sentidos, com o futebol respirando por tubos, a sede social em frangalhos e os esportes olímpicos perdendo expressividade.

Aliás, tem gente que diz que tem que acabar com os esportes olímpicos e fechar a sede. Com base em que estudos chegamos a essas conclusões?

Certamente não se basearam no básico do básico, que é a nossa vocação centenária, pois nela encontrariam razões e meios para o clube se fortalecer e gerar receitas em todas as frentes, mas isso requer trabalho sério e não chutões aleatórios em direção à área adversária.

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Eu acabei deixando de analisar o entrevero entre Oswaldo e Ganso, pelo que me penitencio.

A minha visão é de que Oswaldo não deveria ter vindo, que representou uma ruptura ao que temos de melhor, mas eu não consigo entender a lógica que levou a nossa comissão técnica a premiar Ganso com a braçadeira de capitão.

Vejo isso como o culto à indisciplina e à falta de educação. Qual o treinador que vai querer participar de um projeto (projeto?) em que o jogador desafia o treinador publicamente e é premiado por isso? Quem vai querer se engajar em uma causa em que o clube interrompe um mandato presidencial antes da hora e o vice presidente eleito assume dizendo publicamente que seu propósito é queimar o treinador que foi a melhor contratação do Fluminense em anos, interrompendo (esse sim) um projeto futebolístico fantástico?

É difícil, não é?

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Temos uma excelente tabela pela frente. Se vamos aproveitá-la, depende do que anda sendo feito no CTPA.

Aliás, falando em CTPA, que agora não é mais CTPA, fui crítico, embora discreto, da decisão unilateral de Peter Siemsen de batizar o CT com o nome de Pedro Antônio.

Tal decisão deveria ter sido produto de um amplo debate, que envolvesse conselheiros do clube e torcedores.

Não obstante, não tenho como não repudiar o oportunismo político e a falta do que fazer, quando o clube precisa urgentemente de ideias e soluções.

Cargos políticos deveriam ser usados para promover benefícios para a coletividade e não para projetos pessoais, quanto mais em se tratando de rasteiras, vinganças e miudezas do gênero.

Saudações Tricolores!

Panorama Tricolor

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