Uma habilidade de grandes gestores nas diversas áreas é conseguir retirar o máximo do potencial de seus colaboradores, e isso se faz através de trabalhos específicos e principalmente de motivação.

Vejo em grupos tricolores muitas pessoas falando coisas que são impossíveis de se realizar, como a venda imediata e a liberação de Ganso como se isso fosse possível, já que temos um contrato de longo prazo com salário extremamente elevado, cujo rompimento levaria a
caminhar por trapalhadas semelhantes às do passado.

Recentemente foi feita uma publicação com jogadas realizadas pelos 10 jogadores mais clássicos do Brasil, dentre eles Ademir da Guia, Sócrates, Didi e nesse meio estava o Ganso, por
tudo que ele fez no passado – e isso certamente não se desaprende.

O fato é que Ganso é um dos jogadores que possui uma das técnicas mais refinadas do Brasil, do ponto de vista do toque de bola perfeito. Um último passe que dificilmente encontraremos por aí. Porém ele parece claramente desmotivado e não incentivado a realizar esse papel.

Eis o grande desafio da Comissão Técnica do Fluminense, que com trabalhos específicos, não só motivacionais mas também físicos, além da melhoria da intensidade na presença no jogo,
possa reavivar essa que será a nossa maior contratação e reforço para esse ano de 2021, já que nas duas temporadas
passadas, desde sua chegada, não potencializamos o uso desse profissional, apesar de ter mostrado
em algumas partidas um desempenho excepcional, embora constante.

Em vez de ficar xingando Ganso, demonizando sua presença e pedindo esse besteirol da sua saída que não acontecerá (por motivo óbvio) é melhor acreditarmos, incentivarmos e
cobrarmos sim uma postura de melhor aproveitamento desse profissional.

Como disse, é um craque e não está desenvolvendo sequer parte do seu potencial. Certamente não será o
“Falso 9” das experiências recentes, mas o camisa 8 a ser celebrado.