Não assisti ao jogo do Fluminense contra o Macaé. Ouvi pedaços pelo rádio. No entanto, não é preciso muita sabedoria para entender o momento atual do Fluminense. Primeiro o fator extra campo: a volta precipitada do futebol em meio à pandemia. Os adversários também estão na mesma situação, verdade, mas estou colocando os resultados de lado.
A má qualidade do jogo que vi contra o Volta Redonda, e a que me disseram do jogo de ontem, já seria normal diante das circunstâncias, avalie com problemas de formação do elenco e com os equívocos de Odair! Então, entramos nos demais fatores.
Muriel voltou mal. A zaga está exposta. Orinho é brincadeira de mau gosto. Ganso está, a cada dia, mais distante de jogador profissional. Os faniquitos dentro de campo são mostras claras. Fred sofre com o peso da idade e com o longo período de inatividade.
Chego em Odair. Nestes momentos, separam-se os técnicos dos distribuidores de camisas. Hellmann está distribuindo camisas. E mal. Devido às condições atuais, o time não pode jogar tão aberto, tão descompactado. Também não se vê jogadas ensaiadas. É o futebol aleatório tão normal por aqui. Antes da pandemia, os bons resultados foram muito mais pela boa fase de Nenê do que pela organização do time.
Vamos às semifinais desse campeonato. Não estou otimista. Tenho dúvidas se o Odair vai encontrar a mão certa para a reta final. E mesmo que encontre, o Fluminense não faz parte da panelinha que se transformou o futebol carioca há muitos anos.
Falando nisso, já vimos essa política de associação da FERJ com um clube. No caso, Eurico e Caixa D’água. Agora temos a mesma política, mas com o Flamengo. Boa coisa não se tem como resultado. Naqueles tempos, o Vasco tinha todas as benesses, nos menores detalhes: arbitragem, mandos de campo, tabela. A receita é a mesma agora. A coisa é tão descarada que se percebe o constrangimento.
Se a regra é essa, trocas de apoios para se dar bem, a coisa não vai ser boa pra ninguém lá na frente. Isso é óbvio. Ganha-se um pouco aqui, mais algo ali, mas a curva tem seu ponto de inflexão e, então, vai todo mundo pro buraco.
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