Quando a Liga Sul-Minas-Rio saiu do papel, se esperou que representasse um divisor de águas na subserviência dos clubes, cada vez mais endividados, contra uma política exercida pelas Federações, através também da CBF, que muito se aproxima do rufianismo.
Ledo engano. O “bafafá” e a esperança criada pelas presenças de Fluminense e Flamengo na Liga foram apenas uma espécie de Marcha das Vadias sem causa, preparo ou contexto. Tudo mentirinha. Quiseram apenas brincar de queda de braço com Rubens Lopes, presidente da FFERJ.
Já era de se esperar que o Flamengo, por exemplo, que destoa nesse pseudogrupo de clubes que querem o fim desse modelo político, por ser uma das “prostitutas” mais bem tratadas e beneficiadas por esses mesmos rufiões, cedesse à pressão do poder exercido pela truculência.
Mas, e o Fluminense? Nesse cenário, eu só espero que não nos faça mais ainda de palhaços. Ir à CBF pedir autorização ou sua inclusão no calendário foi desmoralizante. Ter cláusula e aceitar um “pixulequinho” da Rede Globo, também. A desmoralização só piorará se ainda disputar o Campeonato Carioca como se nada tivesse acontecendo.
Hora de “machucar” uns seis titulares por rodada… Hora de boicotar o Carioquinha que já foi o mais prestigiado e visto campeonato ao lado do Brasileiro. Seu diminutivo se fez graças aos rufiões herdeiros de rufiões que mandam e desmandam há, pelo menos, uns 35 anos.
Hora de entender que mesmo uma mentirinha, a Liga que não deu liga, nem deu em nada, pode vir a ser um importante balão de ensaio para a construção de uma Liga de verdade, inclusive com a presença de clubes grandes de São Paulo (conhecendo a mentalidade do Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, por exemplo, sei que seria possível sua adesão).
Com clubes grandes do maior mercado financeiro do país, com dirigentes comprometidos em romper com a subserviência e consequente falência financeira e moral a que são submetidos (e não apenas gerando pautas vazias), veremos uma Liga de verdade, com esteio, respaldo, força para, por exemplo, angariar novos contratos, com novos termos, como nos direitos televisivos, com rentabilidade para todos, sem clubismos, sem essa mania, essa doença tão brasileira de achar que para se dar bem, deve-se puxar o tapete do outro, necessariamente.
Essa Liga que estreia, hoje, com o Fluminense enfrentando o Atlético-PR, no Raulino de Oliveira, às 19h30, não deu liga, mas pode iniciar uma nova etapa de captação SÉRIA de clubes e profissionais para a criação de uma Liga de verdade, devidamente organizada, contextualizada, dessa que será a única saída legal às garras impostas por um regime político exercido por rufiões.
::TOQUES RÁPIDOS::
Eu boicotarei o Campeonato Carioca de 2016. Eu boicoto o senhor, Rubens Lopes, como torcedora do sistematicamente prejudicado Fluminense Football Club, consumidora que era de seu pobre, manipulado e apodrecido torneio.
Por isso, eu preciso esclarecer aos meus doze leitores que não comentarei sobre os jogos do Fluminense nessa competição. Boicote total!
Por fim, eu gostaria de parabenizar pela coragem e atitude o cronista tricolor, Gustavo Albuquerque, pela ideia do boicote e sua adesão. É imprescindível que nós, torcedores consumidores que somos dessa porcalhada toda, tomemos as rédeas contra essa situação, já que os dirigentes estão algemados.
Nossos clubes, nossas paixões, nosso Fluminense, não podem mais continuar sustentando Rubinhos, Joãozinhos, Reinaldinhos etc, enquanto suas dívidas só aumentam e, com elas, a dependência a esses senhores e instituições.
Boicote também, tricolor!
Abraços,
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @CrysBrunoFlu
Imagem: Primeira Liga
#JuntosPelaPrimeiraLiga
Vamos lotar os estádios nos jogos da Liga e deixá-los vazios no carioquinha
Eu também boicotarei.
É o mínimo, não é? Nós, então, tricolores, tão prejudicados? Puxa vida.